A aplicação das medidas contidas neste protocolo se inicia a partir da identificação de um paciente com sinais de alerta para a suspeita de AVC. Estes incluem quaisquer déficits neurológicos de início súbito, especialmente os localizados. A lista abaixo não é exaustiva, mas entre os principais destacamos: • Dificuldade repentina para falar ou compreender; • Fraqueza muscular súbita ou alteração sensitiva súbita unilaterais; • Perda visual súbita, especialmente se unilateral; • Perda súbita do equilíbrio ou incoordenação motora repentina A suspeita de um caso de AVC pode também surgir a partir da pesquisa ativa de algumas alterações neurológicas através da aplicação de escalas desenvolvidas para esse fim, como a ESCALA DE CINCINNATI (anexo 1). O próprio protocolo de MANCHESTER pode auxiliar na suspeita de AVC, especialmente na presença de um dos seguintes itens: • Alteração de comportamento (Discriminador: Déficit neurológico agudo ou déficit neurológico novo); • Mal-estar em adultos (Discriminador: Déficit neurológico agudo ou déficit neurológico novo); • Quedas (Discriminador: Déficit neurológico agudo, déficit neurológico novo ou alteração do nível de consciência) Após definido os discriminadores, o enfermeiro triador ou responsável pelo paciente deve realizar GLICEMIA CAPILAR e aplicar a ESCALA ROSIER (anexo 2), a partir da qual será gerada uma pontuação indicativa ou não da probabilidade de AVC. Pontuação menor ou igual à 0 tem baixa probabilidade de AVC e pontuação maior ou igual a 1 tem ALTA PROBABILIDADE DE AVC. O CÓDIGO AVC deve ser acionado sempre que a pontuação na Escala ROSIER for igual ou maior que 1 e o tempo de evolução dos sintomas for igual ou menor que 24 horas. Nesses casos, a classificação de prioridade no atendimento pelo protocolo MANCHESTER sempre deve ser VERMELHO ou LARANJA, desencadeando rápida avaliação médica.
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