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Aula 4 - Sistema Cardiovascular

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CURSO DE ENFERMAGEM 
2º Semestre/2020 - Prof.ª Ma. Bárbara C. G. dos Santos 
 
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Este guia tem material orientador para estudo da disciplina de Cuidado da Saúde do Adulto e Idoso, do Trabalhador nas 
Unidades Hospitalares, NÃO substitui as referências indicadas na ementa, nem dispensa estudo aprofundado a partir da 
busca de fontes disponíveis. 
Objetivos da Aula: 
I. Apresentar formas de construção de conhecimentos e o desenvolvimento de atitudes e habilidades sobre a 
assistência integral a clientes adultos e idosos hospitalizados, com alterações orgânicas, funcionais e 
emocionais relacionadas as afecções cardíacas. 
II. Discutir os principais fatores fisiopatológicos que podem provocar afecções cardíacas e como o Enfermeiro 
pode e deve identifica-los. 
III. Debater o papel do Enfermeiro na assistência sistematizada ao paciente que apresenta afecções cardíacas. 
 
Breve Resumo da Fisiologia do Sistema Cardiovascular (SCV) 
 
 A principal função do SCV é a de transportar para todas as células do organismo o Oxigênio (O2) e os 
nutrientes essenciais aos processos que mantém a homeostase. O SCV é um sistema fechado de tubos, com uma 
bomba propulsora que mantém o líquido que o preenche, o sangue, circulando. Esta bomba situa-se no tórax, dentro do 
mediastino, e é chamada de Coração. 
Do Coração saem tubos calibrosos que transportam o sangue para os Pulmões – Circulação Pulmonar 
- e para o restante do organismo – Circulação Sistêmica. 
Estes tubos que saem do Coração são as artérias. Chegam ao Coração outros tubos, igualmente 
calibrosos, trazendo sangue de todo o corpo (da Circulação Sistêmica) e dos pulmões (da Circulação Pulmonar). Estes 
tubos que chegam ao Coração são as veias. 
 
RESUMO ANATOMO-FISIOLOGIA 
Endotélio Vascular: 
Órgão endócrino que produz substancias com o Fator Relaxante Derivado do Endotélio (EDRF), prostaciclina, 
(vasodilatador e antiagregante plaquetário), endotelina (vasoconstrictor) e o ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) 
com importante ação fibrinolítica. 
Em 1980 Furchgott e Zawadski demonstraram que a célula endotelial regula o tônus vascular. 
 
Fica assim estabelecida uma diferença fundamental de função e estrutura: as artérias levam o sangue do 
Coração e as veias trazem o sangue para ele. As artérias e veias que tem contato direto com o Coração são também 
chamados de “Grandes Vasos”, pelo seu calibre e grande quantidade de sangue que transportam. Nos tópicos seguintes 
vamos nos deter brevemente sobre como estas estruturas trabalham para manter nosso sangue, initerruptamente, 
circulando. 
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 Regula ativamente a coagulação, trombólise, remodelação 
vascular e a resposta inflamatória e imune. 
 É capaz de detectar a mínima alteração na pressão arterial, 
fluxo sanguíneo, balanço oxidativo, coagulação, sinal de 
inflamação e ativação do sistema imune. 
 
O Coração é uma complexa estrutura muscular formada por: 
Átrios Direito (AD) e Esquerdo (AE) - duas câmaras que recebem o sangue que chega ao coração pelas grandes 
veias e o bombeiam para o interior dos ventrículos. 
Ventrículos Esquerdo (VE) e Direito (VD) – duas câmaras que recebem o sangue dos átrios e, por sua vez, bombeiam 
este sangue para as artérias; os ventrículos são os responsáveis pelo real bombeamento do sangue e, portanto, pela 
manutenção da circulação. 
 
 
 
 
 
Válvulas cardíacas: encarregadas de manter o fluxo de sangue correndo 
em uma única direção, impedindo que o mesmo reflua em sentido 
contrário ao normal. 
Assim as válvulas entre os átrios e os ventrículos se abrem para o sangue 
passar dos átrios para os ventrículos e se fecham quando os ventrículos 
se contraem, para que o sangue não reflua dos ventrículos para os átrios, 
prosseguindo em sua direção normal, que é sair dos ventrículos para as 
grandes artérias. 
São as válvulas átrio-ventriculares, tricúspide à direita, entre o átrio Direito e o VD, e 
bicúspide à esquerda, entre o Átrio Esquerdo e o VE, também chamada de Mitral. Entre 
os ventrículos e as grandes artérias existem as válvulas semilunares, que são a válvula 
Aórtica, entre o VE e a artéria Aorta, e a válvula Pulmonar, entre o VD e a artéria Pulmonar. 
O fechamento das válvulas atrioventriculares origina um ruído normal na ausculta 
cardíaca chamado de primeira bulha e o fechamento das válvulas semilunares, isto é, 
ventrículo-arteriais, origina a segunda bulha, também um evento auscultatório normal. 
Miocárdio: músculo que forma as paredes do coração e que tem três camadas, o endocárdio, mais interno, o miocárdio, 
propriamente dito, camada média e que constitui a musculatura propriamente dita do coração, e o epicárdio, que o reveste 
externamente, estando aderido ao mesmo. 
Pericárdio: membrana fibrosa que envolve o coração, como uma bolsa, sem aderir ao mesmo. 
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Veias Cava Inferior e Superior, que trazem o sangue venoso das porções inferior e superior do organismo, 
respectivamente, para o coração, desaguando no Átrio Direito. 
Artéria Aorta: sai do VE e transporta o sangue arterializado, rico em O2, para a circulação sistêmica. 
Artéria Pulmonar: sai do VD e transporta sangue venoso para a circulação pulmonar, onde será oxigenado no fenômeno 
da hematose. 
Os batimentos cardíacos acontecem pela contração do miocárdio, a qual ocorre por estímulos elétricos produzidos no 
próprio coração, em um local situado no Átrio Direito, chamado Nó Sinusal. Os estímulos gerados no Nó Sinusal são 
conduzidos ao restante das câmaras do coração por um tecido especial que forma o Sistema de Condução do coração, 
como se fossem fios extremamente especializados. Inicialmente são 
estimulados os átrios, e, em seguida o estímulo chega ao Nó 
Atrioventricular (ou Junção Atrioventricular), para poder alcançar os 
ventrículos através do Feixe de Hiss e das Fibras de Purkinje, que farão 
com que estas câmaras se contraiam. Cada contração dos ventrículos 
corresponde a um batimento, que se transmite a toda a rede arterial como 
uma onda de pulso, palpável nos pulsos periféricos onde aferimos a 
Frequência Cardíaca e a Pressão Arterial. 
Artérias Coronárias – como vimos, o sangue rico em O2 é bombeado para todo 
o corpo pela rede arterial da Circulação Sistêmica. Entretanto, cada vez que o 
próprio Coração se contrai, ele consome O2 que precisa ser reposto. Esta 
reposição é feita através das Artérias Coronárias, que levam sangue arterial 
da raiz da Aorta para a musculatura cardíaca. São as Artérias Coronária Direita 
e Esquerda, e as anormalidades que podem ocorrer com o fluxo de sangue no 
interior das mesmas ocasionam a Insuficiência Coronária, doença de grande 
importância pelo seu potencial de gravidade e pela grande prevalência com 
que acomete homens e mulheres adultos, principalmente após os 45 anos. A 
obstrução total de uma Artéria Coronária, se não tratada eficazmente em tempo 
hábil, causa o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). 
O sangue arterial, na Circulação Sistêmica, progride no seguinte sentido, a partir do Coração: 
 - VE; 
 - Aorta; 
 - Artérias de calibre maior; 
 - Artérias de pequeno calibre; 
 - Arteríolas; 
 - Capilares, onde acontecem as trocas de O2 pelo CO2 e a passagem das substâncias nutrientes para os tecidos, 
e o sangue começa seu retorno ao Coração, já como sangue venoso; 
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 - Vênulas; 
 - Veias de pequeno calibre; 
 - Veias de calibre maior; 
 - Veias Cava; 
 - Átrio Direito, VD e deste para a Circulação Pulmonar, em direção aos Pulmões. 
 - Artéria Pulmonar, artérias pulmonares menores, arteríolas pulmonares e capilarespulmonares, em contato 
com os alvéolos, onde se processa a hematose e o sangue fica novamente rico em oxigênio, retornando ao Coração 
pelas Veias Pulmonares, para o Átrio Esquerdo, e deste para o VE. 
 
Causadores de Lesão Endotelial Vascular 
• Hipercolesterolemia 
• Tabagismo 
• Hiperglicemia 
• Anormalidades do shear stress 
• Lesão direta (angioplastias) 
• Obesidade 
• HAS 
• Envelhecimento 
• Susceptibilidade genética individual. 
 
Síndromes Isquêmicas Miocárdicas Instáveis (SIMI) ou Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) 
• Angina Instável 
• Infarto Agudo do Miocárdio com ou sem elevação do segmento ST. 
As síndromes coronarianas agudas decorrem principalmente de ruptura da placa vulnerável ou de erosão superficial 
do endotélio. 
• Infarto Agudo do Miocárdio com elevação do segmento ST. 
 
 
 
 
 
CASCATA ISQUÊMICA 
Caracterizada por: 
1. Redução da perfusão, com hipóxia, comprometimento dos processos de produção de energia intracelulares 
e acúmulo de ácido láctico. 
2. Disfunção celular pela perda da plena capacidade contrátil. 
3. Dor 
4. Disfunção diastólica do VE 
 
 
 
 
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5. Dissinergia regional 
6. Alterações eletrocardiográficas. 
 
DIAGNÓSTICO DE SCA 
 Sinais e Sintomas 
 Marcadores de Necrose Miocárdica 
 Eletrocardiograma 
AVALIAÇÃO DAS SCA – SINAIS E SINTOMAS 
 
 
DOR TORÁCICA 
Dor torácica é entendida como a dor que se manifesta no tórax anterior ou posterior. Existem dois tipos de dores 
torácicas: a dor torácica de origem cardíaca e a dor torácica de origem não cardíaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BASSAN, R.et al. Sociedade Brasileira de 
Cardiologia. Diretriz de Dor Torácica na Sala de 
Emergência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia., v. 79, 
n. Suplemento 2, p.1-22, 2002. 
Descreva o “Sinal” de Levine: 
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OBSERVAÇÃO 
A Piora da dor com inspiração profunda, posição no leito, movimentação de um determinado feixe muscular, 
alimentação copiosa ou a palpação com dor local possuem pouca relação com dor isquêmica coronariana. 
 
Locais de Irradiação da Dor Torácica 
Nomeio os locais de irradiação da dor torácica sinalizados na figura a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. ______________________________ 
B. ______________________________ 
C. ______________________________ 
D. ______________________________ 
E. _____________________________ 
F. _____________________________ 
G. _____________________________ 
H. ______________________________ 
 
 
 
 
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Fatores Desencadeantes da Dor Torácica 
 Antes ou após exercício 
 Excitação 
 Estresse 
 Frio, Refeições 
 Fatores que alteram a dor (repouso, esforço, mudança deposição, medicamentos) 
 
Duração da Dor ( T): tempo que transcorreu desde o início da dor até o atendimento. 
Desafio na identificação da dor torácica.... Diagnóstico Diferencial 
• É um sintoma clássico da doença coronariana e da isquemia do miocárdio. 
• Diversas doenças (de origem cardíaca ou não) como por exemplo: úlcera perfurada, dissecção de 
aorta, pancreatite aguda, dores osteomusculares, hérnia de hiato, dor psicogênica. 
 
SINTOMAS E SINAIS DAS DOENÇAS DO SCV 
 DISPNÉIA – costuma se manifestar com movimentos respiratórios rápidos e superficiais, ocorrendo 
geralmente após esforços físicos e/ou emoções. 
 - Dispneia de esforço – Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e 
 Insuficiência Ventricular Esquerda (IVE). 
 - Dispneia Paroxística Noturna – Insuficiência Ventricular Esquerda (IVE) 
 - Ortopedia – Edema agudo de pulmão (EAP) 
 EDEMA - acúmulo de líquido seroso nos espaços extra vasculares, por aumento da pressão no interior das 
veias que retornam ao Coração, com maior frequência nos membros inferiores. É um sinal de Insuficiência 
Cardíaca Congestiva (ICC). 
 
 PALPITAÇÃO – é a percepção dos batimentos cardíacos, ou mais “fortes”, ou mais rápidos, ou 
descompassados, ou combinações dos três modos de perceber os batimentos, que normalmente passam 
desapercebidos. Podem indicar arritmias cardíacas, e geralmente vem associada a situações de tensão e 
estresse. 
 
 FADIGA – sensação de cansaço físico, de astenia e até de prostração, aos menores esforços, decorrente de 
Insuficiência Cardíaca que diminui o Débito Cardíaco e não atende as demandas do organismo. 
 
 SÍNCOPE – vulgarmente chamada de “desmaio”. Deve-se a uma brusca interrupção, ou importante 
diminuição, do fluxo sanguíneo para o Sistema Nervoso Central (SNC), e é causada por diminuição súbita do 
 
 
 
 
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Débito Cardíaco, por várias causas, sendo as mais frequentes as arritmias cardíacas. 
 
 CIANOSE – coloração azulada da pele por diminuição da saturação da hemoglobina; no caso das cardiopatias 
congênitas, geralmente indicam mistura do sangue venoso ao arterial por algum defeito estrutural do coração 
ou dos grandes vasos. Quando não é uma doença congênita, a cianose ocorre nas Insuficiências Cardíacas 
graves e nos Choques Cardiogênicos, por deficiência de perfusão tecidual. 
 
 DILATAÇÃO DAS VEIAS DO PESCOÇO (TURGÊNCIA JUGULAR PATOLÓGICA) – observada nos pacientes com 
ICC descompensada, em quem as veias jugulares dilatadas (“túrgidas”) são visíveis no pescoço, mesmo com 
o paciente sentado em inclinações maiores que 45º, e em repouso, quando, normalmente, estas veias não 
são visíveis. 
 
 ARRITMIAS – são irregularidades no ritmo dos batimentos cardíacos. Os batimentos podem ser percebidos 
pela palpação dos pulsos arteriais e observa-se que os mesmos ocorrem irregularmente. Quando a frequência 
dos batimentos está acima do normal temos uma taquiarritmia; quando a frequência é abaixo do normal 
temos uma bradiarritmia. As arritmias são melhor esclarecidas pelo eletrocardiograma. 
 
 HEPATOMEGALIA – é o aumento do volume do fígado devido ao acúmulo de sangue proveniente da circulação 
porta (rede de veias que drena o sangue do sistema digestivo e passa pelo fígado) que não consegue 
prosseguir para o coração. Este aumento é perceptível pela palpação do abdome no hipocôndrio direito, e é 
doloroso. A ultrassonografia do abdome evidencia com mais precisão as variações de volume do fígado. 
 
 
AVALIAÇÃO DAS SCA – MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA 
 
 
CREATINA CINASE (CK) atividade da CK no sangue é o 
resultado da contração e do relaxamento do músculo 
esquelético, e seus níveis sanguíneos dependem da atividade física do indivíduo e de sua massa muscular. 
No adulto masculino, seu intervalo de referência varia de 80 UI/l a 200 UI/l e no adulto feminino, de 60 UI/l 
a 140 UI/l a 370C. 
 
 
 
 
 
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Alteração da CREATINA CINASE (CK) 
 
 
 
 
 
 
 
Isoenzima MB da creatina quinase (CKMB) 
Nas últimas três décadas, a medida da atividade da CK-MB tem sido o marcador padrão para diagnóstico 
do infarto agudo do miocárdio. Seu intervalo de referência depende do método utilizado para sua medida, 
e seu valor superior de normalidade varia entre 10 UI/l e 25 UI/l. 
Troponinas 
Troponinas formam um complexo que regula a interação cálcio-dependente da 
miosina com aactina na contração dos músculos estriado e cardíaco. 
Nas SCA detectáveis cerca de 12 horas após o evento ou mesmo mais precocemente. 
Indivíduos aparentemente saudáveis e 
critérios para IAM consistentes com a OMS 
Troponina I ng/mL [mg/L] 
Pacientes Saudáveis (97,5%) Até 0,05 
Pacientes Saudáveis (2,5%)/Angina Estável Até 0,15 
Estratificação de Risco para SIMI* 0,15 – 0,6 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 0,6 – 1,5 
 
Objetivos do Tratamento das SCA 
• Reduzir o consumo de oxigênio pelo miocárdio 
• Aumentar a oferta de oxigênio para o miocárdio 
• Retardar o processo aterotrombótico coronariano 
 
 
 
 
 
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Cardiomiopatias (CMP) ou Miocardiopatias (MCP) 
Conceito: 
Doenças que acometem o músculo cardíaco (miocárdio), cujos sinais e 
sintomas se apresentam em decorrência disfunção da contratilidade e/ou 
restrição diastólica e/ou arritmias cardíacas, em vários graus de gravidade. 
 
“[...] coração é incapaz de bombear o sangue em uma taxa proporcional às 
necessidades dos tecidos metabolizantes ou é capaz disso, apenas com uma 
pressão de enchimento elevada.” 
ROBBINS - 7ª Ed. 2005 
Insuficiência Cardíaca (IC) 
 
A insuficiência cardíaca (IC) é a via final comum da maioria das doenças que acometem o coração, sendo um dos 
mais importantes desafios clínicos atuais na área da saúde. 
No Brasil, a principal etiologia da IC é a cardiopatia isquêmica crônica associada à hipertensão arterial. 
 
Insuficiência Cardíaca Aguda – causas: Infarto agudo do miocárdio extenso, Miocardite aguda, Miocardite Lúpica, 
Intoxicação por drogas (quimioterápicos) e Parto Normal. 
 
 
 
 
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Insuficiência cardíaca crônica – causas: Infarto do miocárdio, Hipertensão arterial, Cardiomiopatias dilatadas e 
Valvopatias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Classificação do ICC - New York Heart Association (NYHA) 
Simplificando o quadro acima... 
Classe Sinais e Sintomas 
Classe I Presença de disfunção, sem restrições aos esforços. 
Classe II Presença de disfunção associada a sintomas aos 
esforços usuais. 
Classe III Presença de disfunção associada a sintomas aos 
esforços menores que os usuais. 
Classe IV Presença de disfunção associada a sintomas aos 
esforços mínimos ou mesmo em repouso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O sistema de condução do coração: 
 
 
 
 
O QUE É POLARIZAÇÃO? 
Polarização: uma célula em repouso significa célula polarizada, porque apresenta um equilíbrio iônico (cargas 
negativas no interior e positivas no exterior; é traduzida pelo chamado Potencial de Repouso. Neste momento 
não há atividade elétrica desenhada no ECG de superfície. 
 
E DESPOLARIZAÇÃO E REPOLARIZAÇÃO? 
A despolarização começa quando a célula recebe uma descarga elétrica (interna: célula a célula ou externa de 
um marca-passo artificial) rompendo, deste modo, o equilíbrio entre cargas positivas e negativas com a 
penetração de sódio (positivo) para o interior da célula e deslocamento do potássio (negativo) para o exterior; 
constituindo o Potencial de Ação transmembrana. Este processo desenvolve-se com a entrada rápida de sódio, 
lenta de cálcio, contínua saída de potássio e assim se restabelece a eletronegatividade do interior (repolarização) 
em contraposição à positividade externa da célula; esta se torna novamente polarizada, isto é, excitável. 
VIEIRA et al., 2015 
Condução normal do Estímulo Cardíaco: 
 Origina-se nas céls. P do nó sinusal 
 Atinge os tratos internodais e a musc. Atrial (2) 
 Sofre importante retardo no nó AV (3) 
 Acelera-se no feixe de His (4) 
 Conduz-se rapidamente nas fibras de Purkinje (5) 
 A musculatura ventricular é ativada pela superfície endocárdica 
donde se espraia ao epicárdio 
 
 
 
 
 
 
 
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Eletrocardiograma (ECG) 
ECG é o registro gráfico da atividade elétrica do coração. 
 
 
 
 
 
 
Arritmias 
Ritmo cardíaco anormal, pode ser evidenciado através da palpação, mas principalmente pela monitorização 
cardíaca direta (monitor e eletrocardiograma). Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, 
regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma 
sequência anormal da ativação miocárdica. 
 
Descreva as ondas eletrocardiográficas e seus respectivos significados 
dentro do ciclo cardíaco: 
 
ONDA P: 
INTERVALO P-R 
COMPLEXO QRS: 
SEGMENTO S-T: 
ONDA T: 
ONDA U:

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