Considere que um sujeito, com o intuito de receber indenização ou valor de seguro, lese o próprio corpo ou agrave as consequências de uma lesão. Após recebido o valor do seguro, o mesmo foi investigado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público com no art. 171, CP. Segundo o princípio da Lesividade e da intervenção mínima, a atuação dos orgãos Estatais estaria correta? Justifique comentando os princípios supracitados.
Verificado, pois, em rápidas linhas, que a missão do Direito penal em um Estado Democrático de Direito é a de exclusiva proteção de bens jurídicos, e que esses bens jurídicos, cada vez mais imateriais, possuem qualidade de valor, cumpre buscar na Constituição, como guardiã da finalidade da ordem jurídica, os princípios que orientam a interpretação desse Direito penal valorado.
Por começo, não pode haver dúvida de que a criação de tipos penais pelo legislador encontra muralhas constitucionais intransponíveis.
O legislador não pode p. ex., criminalizar condutas que derivam dos direitos de liberdade, como se dá com a liberdade de associação e reunião13.
Por outro lado, a Constituição pode sugerir a criminalização, conforme ocorre no Brasil no art. 5º, incisos XLI e XLII, que determinam o castigo à discriminação contra os direitos e liberdades fundamentais, e a prática do racismo, respectivamente.
Para além desses dois parâmetros constitucionais, os autores costumam relacionar princípios que irradiam da Constituição e conformam o Direito penal determinando a estrutura da dogmática jurídico-penal, de forma que constituam em instrumento limitativo do poder punitivo estatal, em benefício dos cidadãos.
São eles:
5. Princípio da responsabilidade pessoal
6. Princípio da responsabilidade subjetiva
7. Princípio da culpabilidade
8. Princípio da proporcionalidade
9. Princípio da humanidade
10. Princípio da dignidade humana
12. Princípio da legalidade
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar