02 – Arthur Pendragon, mais conhecido como Rei Arthur, é o lendário rei Bretão que criou um império entre a Bretanha, a Irlanda, a Islândia, a Noruega e a Gália nos séculos V e VI, defendendo essas regiões das invasões saxãs. Se as lendas forem corretas, ainda criança Arthur cumpriu a profecia de Merlin e retirou Excalibur da pedra, conquistando assim o direito ao trono (o filme da Disney “A Espada é a Lei”, baseado na obra “A espada na pedra” de Terence Hanbury White, conta a história da infância de Arthur). Contudo, nem todos os nobres e governantes da região aceitaram se aliar e obedecer as regras de Arthur. Guerras se seguiram, onde o rei demonstrou seu valor como guerreiro e estrategista, vencendo seus rivais em batalha e impedindo ou repelindo as invasões estrangeiras. Depois de ter conquistado suas terras pela espada e ter subjugados todos os nobres que se opuseram ao seu governo, o Rei Arthur criou a Grã-Bretanha que tinha como capital a mística Camelot. Durante o governo de Arthur, Albion se tornou um reino muito avançado para seu tempo: apesar de haver uma clara diferença entre a nobreza e a plebe, tanto em direitos quanto em obrigações, as leis emanadas de Camelot espelhavam o ideal do Código da Cavalaria 1 e portanto eram justas e sensatas, visando a criação de uma vida boa e pacífica para todos os seus cidadãos. O espírito de justiça e igualdade que pairava em Camelot pode ser representado na Távola Redonda: o governo do reino era formado pelos Cavaleiros da Távola Redonda, um grupo de nobres escolhidos por Arthur para ajudar na tomada de decisões. A Távola Redonda em si era uma mesa redonda, como o nome sugere, onde todos os que se sentavam estavam em pé de igualdade, inclusive o rei. As leis criadas pelos Cavaleiros da Távola Redonda, com a anuência do Rei Arthur, eram justas e boas, mantinham a nobreza em um status superior e com mais diretos do que a plebe – que não tinha participação na vida pública do estado – mas mesmo a plebe teve uma melhoria em suas condições de vida, com a implementação de um sistema de saúde pública, distribuição de comida para os pobres e a criação de um sistema rudimentar de ensino. O problema é que as leis criadas só vinculavam a plebe, não a nobreza: quando Meleagant começou a matar seus servos indiscriminadamente ele não foi impedido (a Távola Redonda entendeu, naquele momento, que suas leis não impediam esse tipo de massacre), só quando sequestrou a rainha Guinevere é que foi punido por suas ações. Esse, e diversos outros exemplos, demonstram que há uma contradição eminente no governo de Camelot, que tenta proteger a todos, mas inventa novas leis para beneficiar a nobreza. Contudo, a própria política adotada por Arthur de fortalecer seus nobres foi a causa de sua destruição. Com parte da nobreza incitada por Mordred, que queria o trono de seu pai, e aproveitando a traição de Guinevere e Lancelot para mostrar a incompetência de Arthur, o reino acabou em guerra. No final, Arthur foi mortalmente ferido por Mordred na batalha de Salesbières. O que pôs fim ao lendário reino de Albion. Segundo a forma de classificar o Estado que foram estudadas na disciplina Ciência Política e Teoria Geral do Estado (Estado/Democrático/de Direito), como você classificaria Albion sob o governo da Távola Redonda? Fundamente sua resposta.
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