Aderbal é um estelionatário reincidente. Vendeu apartamento de sua propriedade para diversas pessoas, nos seguintes termos: 10 95 I. para Bruno, e...
Aderbal é um estelionatário reincidente. Vendeu apartamento de sua propriedade para diversas pessoas, nos seguintes termos: 10 95 I. para Bruno, em 20/03/2014, mediante a celebração de escritura pública de compra e venda jamais registrada; II. para Carlos, em 20/04/2014, por promessa de compra e venda por instrumento particular, prenotada no Registro de Imóveis em 25/04/2014 (quando já integralizado o preço) e finalmente registrada, após o cumprimento das exigências cartoriais, em 25/05/2015; III. para Dirce, por escritura pública de compra e venda, prenotada no Registro de Imóveis em 26/04/2014 e finalmente registrada, após o cumprimento das exigências cartoriais, em 26/05/2014; e IV. para Edir, pela outorga por mandato in rem suam, por escritura pública, em 21/03/2014. Nesse cenário, instado, o oficial do Registro de Imóveis deverá reconhecer que o legítimo proprietário do bem é: (A) Aderbal; (B) Bruno; (C) Carlos; (D) Dirce; (E) Edir.
A alternativa A está incorreta. A transferência foi efetivada em favor de Carlos, não pertencendo mais ao patrimônio de Aderbal. A alternativa B está incorreta. Nos termos do art. 1.245 do CC, “Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis”. Assim, uma vez que a escritura pública de compra e venda não veio a ser registrada, não se consolidou a transferência do imóvel. A alternativa C está correta. A promessa de compra e venda de Carlos foi a primeira a ser prenotada, prevalecendo esta, nos termos do art. 191 da Lei 6.015/1973: “Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados no mesmo dia, os títulos prenotados no Protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro dos apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um dia útil.” Alternativa D está incorreta. A escritura pública de compra e venda foi preanotada para 26/04/2014, ou seja, posteriormente à prenotação de Carlos, prevalecendo o direito deste último. Alternativa E está incorreta. A outorga de mandato in rem suam por escritura pública não possibilita, por si só, a transferência de propriedade. A) Aderbal; B) Bruno; C) Carlos; D) Dirce; E) Edir.
De acordo com as informações fornecidas, o legítimo proprietário do imóvel é Carlos, conforme a alternativa C. A promessa de compra e venda de Carlos foi a primeira a ser prenotada, prevalecendo essa prioridade de registro, de acordo com o artigo 191 da Lei 6.015/1973.
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