8. João comprou um apartamento "na planta", que só será entregue dois anos após a compra. Conversando depois com seu advogado, achando que havia si...

8. João comprou um apartamento "na planta", que só será entregue dois anos após a compra. Conversando depois com seu advogado, achando que havia sido enganado já que, afinal, comprou o que não existia. Imaginando que tal advogado estava bem instruído sobre a matéria, ele respondeu a João que: a) a impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico, mesmo que seja relativa ou que cesse antes de que se realize a condição a que ele estiver subordinado; b) o negócio existe, pois a impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio, assim, se haverá entrega futura, João não foi enganado; c) negócios jurídicos devem ser interpretados sempre com desconfiança, sempre se requerendo prova de boa-fé da outra parte; d) se tal apartamento usta o equivalente a dez salários-mínimos, só pode ser realizado se houver escritura pública como suporte escrito desse contrato; e) o silêncio importa recusa, posto que, em não havendo a possibilidade usual de ler pensamentos, é importante que tanto o "sim" quanto o "não" seja expressamente dito.