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Respostas
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a eficácia liberatória prevista no art. 625-E da CLT abrange somente aquilo que foi objeto da conciliação. Ao julgar a ADI nº 2.139, 2.160 e 2.237, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a eficácia geral liberatória do termo de conciliação, prevista no art. 625-E, parágrafo único, da CLT não permite quitação geral e indiscriminada de todas as verbas, mas, tão somente, as verbas que foram objeto da conciliação. Registra-se que não houve declaração de inconstitucionalidade do referido artigo, e sim apenas se conferiu interpretação sistemática ao dispositivo. Em oportunidade de julgamento sobre a eficácia geral liberatória, antes de decisão proferida pelo STF, o Superior Tribunal do Trabalho se posicionou pela eficácia liberatória geral do termo de conciliação feita pela Comissão de Conciliação Prévia nos casos em que não há ressalvas a direitos no termo de conciliação, independentemente do motivo da rescisão (com ou sem justa causa). Em qualquer caso ou modalidade de dispensa, não há necessidade e não é requisito para aplicação de eficácia liberatória geral que o trabalhador esteja acompanhado de advogado para realização de acordo, na Comissão de Conciliação Prévia, entre empregado e empregador. O STF também se posicionou pela inconstitucionalidade do art. 625-D, pois contraria a Constituição se reconhecesse a submissão da pretensão da Comissão de Conciliação Prévia como requisito obrigatório para ajuizamento de reclamação trabalhista e apresenta-se como óbice ao imediato acesso ao Poder Judiciário por escolha do próprio cidadão.
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