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Como Resolver Problemas em Gestão Os autores Baldwin, Rubin e Bommer (2008) ponderam que você nunca conseguirá controlar totalmente os resultados das suas decisões e que não existe um processo de decisão perfeito nem uma decisão perfeita, sempre há uma racionalidade limitada. Dessa forma, eles consideram que os gestores podem adotar a solução mais aceitável para um problema e apresentam uma estrutura para a resolução de problemas denominada PADIL: Envolve a análise do problema, a compreensão da sua natureza, os efeitos, as causas, as diferentes ações necessárias para diminuir ou eliminar as causas. Depois existe a fase de planejamento, dividida em avaliação de alternativas e decisão, nas quais é possível agir. As alternativas consideram as causas mais representativas, as ações que efetivamente poderão ser exercidas e resultados esperados. Depois tem a fase da decisão, baseada na representatividade das causas, possibilidade de ações e resultados esperados. Claro que todo o planejamento envolve a utilização da ferramenta 5W2H. A última etapa é o aprendizado, ou seja, a avaliação. Neste caso, é verificado se foram atingidos os resultados desejados, daí padroniza-se o procedimento. Caso contrário, devem ser retomadas as análises. Mas observe que o ciclo é contínuo, ou seja, continuamente busca-se melhorias. Sobre os problemas, Campos (1996) observa que em gestão todas as coisas estão ligadas entre si por um relacionamento meio-fim (abordagem holística). Um problema envolve a busca de um resultado desejável de um processo ou de um projeto. Para tanto, é fundamental compreender as causas para não serem atingidos os resultados desejados. A análise de um problema envolve a análise de fatos, o levantamento de dados. Para tanto, é importante realizar levantamentos internos na organização, mas também realizar o benchmarking sobre práticas adotadas em outras organizações, assim você terá também referências externas. Analisadas as causas é importante refletir não apenas sobre a representatividade delas, mas também sobre a viabilidade das ações. Para a resolução de um problema, Campos (1996, p. 54) observa que o gestor deve estabelecer: • OBJETIVO: direção a seguir (exemplo: aumentar as vendas); • META: resultado a ser atingido, parte de um Objetivo, um Valor (número) e um Prazo (exemplo, aumentar as vendas em 10% até o final do ano); • MEDIDA: mudança de curto prazo, ação a ser tomada para que a meta seja atingida; os “problemas bons” (exemplo: aumentar as vendas para os clientes atuais); • CONTRAMEDIDAS: ações tomadas no curtíssimo prazo para eliminar definitivamente uma anomalia ou não conformidade (exemplo: aumentar a frequência de visitas aos principais clientes); • PLANO: conjunto de ações de curto, médio e longo prazo; conjunto de métodos e medidas para a execução de um empreendimento. Assim, tem-se DIRETRIZ = META + PLANO (Medidas; Ações). Para resolver o problema, é preciso planejar, o que significa estabelecer um plano (conjunto de medidas prioritárias e suficientes para atingir uma meta). Precisamos conhecer a meta e o problema (fins); analisar o fenômeno (fins); analisar o processo (meios); estabelecer o plano (meios). Além disso, analisar o fenômeno e o processo, decompor o todo em partes constituintes, examinar cada parte de um todo, tendo em vista conhecer sua natureza, suas proporções, suas relações, suas funções. A análise do fenômeno propicia conhecer o problema, suas características importantes, seus pontos vitais. A análise do processo significa responder perguntas, tais como: • “Por que a participação de mercado do produto X é tão baixa na região Sul?” • A análise do fenômeno permite que se faça uma boa análise de processo. Para que se fizesse a pergunta acima foi necessário que antes se descobrisse que o produto X estava vendendo pouco na região Sul; • A análise do processo propicia a determinação das causas mais importantes (localizadas no processo) que provocam baixa participação de mercado do produto X nas capitais da região Sul (característica importante do problema); • Estabelecimento de medidas: para cada causa prioritária identificada são estabelecidas uma ou mais medidas que têm como finalidade eliminar a causa; • Estas medidas devem ser as mais eficazes (fazer a coisa certa), as mais simples, as de menor custo, as mais rápidas de serem implementadas, as que acrescentem mais benefícios, etc.; • Plano: conjunto de medidas prioritárias e suficientes. E não se esqueça, o desenvolvimento do plano deve utilizar a ferramenta 5W2H. A resolução de um problema envolve estabelecer claramente o que se pretende alcançar, as causas da situação considerada, o planejamento de ações, a implementação, avaliação de resultados. Se estes forem os desejados, você pode padronizar o novo processo, caso contrário deve retomar as análises. Referência: Gestão Organizacional – Claudio Colucci
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