A atual República de Angola, é um dos Estados africanos que vivencia um longo período colonial, vindo a ser independente na chamada terceira leva de luta anticolonial. A ex-colônia portuguesa assumia um papel estratégico no tráfico de escravos da África para o Brasil, mantendo um histórico de relações próximas com o país. O país é composto por diversos grupos étnicos. Sua região fazia parte do antigo Reino do Congo (ou Kongo). Reino formado (provavelmente) no século XIV. Esse estabelece no continente um dos mais antigos contatos entre europeus e africanos. A independência angolana é marcada por lutas armadas. Protagonizadas por grupos de libertação, que irão compor as oposições no pós-independência. As disputas entre esses grupos resultaram em guerras civis que perduraram da segunda metade do século XX até o início do século XXI. Frutos do colonialismo português, do contexto de expansão do capitalismo internacional, das guerras mundiais e, posteriormente, da guerra fria.

I. A independência de Angola somente foi possível devido à presença de grupos étnicos distintos, os quais desempenharam papel estratégico no processo de libertação.
II. Os conflitos étnicos angolanos associam-se ao passado histórico de África e às relações comerciais travadas entre Brasil e Angola, durante o período da escravidão.
III. As guerras civis vivenciadas por Angola têm origem no colonialismo e foram motivadas pela intervenção europeia na composição geográfica e demográfica do continente.
IV. As circunstâncias de consolidação do Estado-nação angolano refletem, entre outros fenômenos, o cenário de guerra vivenciado pela humanidade durante o século XX.