As súmulas mencionadas indicam que os Tribunais Superiores têm afastado a aplicação do princípio da insignificância em determinadas situações. A primeira súmula menciona que o princípio da insignificância não é aplicável nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. Já a segunda súmula afirma que o princípio da insignificância não é aplicável aos crimes contra a administração pública. Essas súmulas indicam que, nessas situações específicas, os Tribunais têm entendido que a conduta, mesmo que de pequena gravidade, não pode ser considerada insignificante.
O princípio decorre do entendimento de que o direito penal não deve se preocupar com condutas em que o resultado não é suficientemente grave a ponto de não haver necessidade de punir o agente nem de se recorrer aos meios judiciais, por exemplo, no caso de um leve beliscão, uma palmada, ou furto de pequeno valor.
Para que possa ser utilizado, o princípio deverá ser verificado em cada caso concreto, de acordo com as suas peculiaridades, sendo obrigatória a presença dos referidos requisitos.
O STF considera como crimes incompatíveis com o Princípio da Insignificância os crimes mediante violência ou grave ameaça à pessoa; tráfico de drogas; e crimes de falsificação.
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