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Caso Clínico – Diabetes Paciente de 60 anos de idade, apresenta queixas de poliúria, polidipsia, hiperpigmentação na região cervical posterior e i...

Caso Clínico – Diabetes

Paciente de 60 anos de idade, apresenta queixas de poliúria, polidipsia, hiperpigmentação na região cervical posterior e infecções urinárias de repetição. Pai faleceu aos 54 anos de idade de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e mãe tem Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2). Refere sedentarismo, mas realiza uma dieta balanceada com alimentos nutritivos e pouco gordurosos. Apresenta alguns exames alterados, os quais são citados abaixo.

Identificação do paciente

M.A.C, feminina, 60 anos, parda, professora, católica, natural e procedente de Fortaleza.

Queixa principal

Identificou o surgimento de uma “mancha escura ao redor do pescoço” há 3 semanas

História da doença Atual (HDA)

Paciente relata que há cerca de 3 meses começou a apresentar disúria e febre baixa constante durante 3 dias seguidos, o que a fez procurar assistência médica na emergência de um hospital de sua cidade. Refere que lá realizou alguns exames, tendo sido diagnosticada com infecção urinária, de modo que o médico prescreveu ciprofloxacina para o quadro em questão. Entretanto, relata que mesmo após fazer uso adequado da medicação, a infecção urinária reicidivou nos 2 meses seguintes. Além disso, afirma que no último mês vem apresentando um quadro de poliúria e polidipsia. Quando percebeu que essas alterações estavam começando a prejudicar suas atividades diárias e a trazerem um certo desconforto, principalmente a noite, já que estava acordando várias vezes para urinar, começou a observar um sinal importante: a presença de uma área de hiperpigmentação na região cervical posterior. Tal circunstância fez com que se assustasse e procurasse ajuda na unidade básica de saúde do seu bairro. Lá, relata que foi atendida por um médico, o qual não deu muitos detalhes e apenas a encaminhou para o Ambulatório de Endocrinologia do hospital de referência da rede.

Antecedentes pessoais, familiares e sociais

Antecedentes pessoais: Nega doenças crônico degenerativas. Nega alergias. Faz uso de ciprofloxacina quando apresenta os sintomas de infecção urinária.

Antecedentes familiares: Pai faleceu aos 54 anos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Mãe tem Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Irmão faleceu aos 50 anos de câncer de próstata.

Hábitos de vida: Refere sedentarismo, mas realiza uma dieta balanceada, rica em alimentos nutritivos. Nega etilismo, tabagismo e uso de drogas ilícitas.

Exame físico

Antropometria: Peso: 90 Kg; Alt: 1,60; IMC: 35,1; Circunferência Abdominal: 90 cm; Quadril: 92 cm Geral: Bom estado geral (BEG), afebril, anictérica, acianótica, eupneica, corada, hidratada, sem linfadenomegalias. Apresenta área hipergimentada em região cervical posterior

Exame pulmonar: Murmúrio vesicular audível bilateralmente sem ruídos adventícios

Exame cardíaco: ritmo regular em 2 tempos, sem sopros. FC: 90 bpm PA: 140x80mmHg

Exame neurológico: sem alterações

Exame ginecológico: sem alterações

Exames complementares

HbA1C: 7,2% (normal < 5,7%);

Glicemia de Jejum: 198mg/dia (normal < 100);

Creatinina: 1,2

Ureia: 40mg/dl (normal: 13-43mg/dL);

Colesterol Total: 170 mg/dl (normal < 190);

Triglicerídeos: 130 mg/dl (normal: < 150mg/dl);

HDL: 51 mg/dl (normal > 40mg/dl);

LDL: 100 mg/dl (normal < 70);

Hb: 13,7 (normal: 12-16);

Ht: 38% (normal: 35-45%);

Leucócitos: 7000 (4000 a 11000);

Ac. Urico:3,2 mg/dl (normal: 2,4-5,7);


Essa pergunta também está no material:

Caso Clinico Diabetes (1)
2 pág.

Saúde do Idoso Centro Universitário do Norte (UniNorte)Centro Universitário do Norte (UniNorte)

💡 1 Resposta

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Com base no caso clínico apresentado, podemos suspeitar de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2) no paciente de 60 anos de idade. Os sintomas de poliúria (aumento da produção de urina), polidipsia (aumento da sede), hiperpigmentação na região cervical posterior e infecções urinárias de repetição são indicativos dessa condição. Além disso, a história familiar de DM tipo 2 e a presença de exames alterados, como a glicemia de jejum elevada (198mg/dL) e a HbA1C de 7,2%, reforçam essa suspeita. No entanto, é importante ressaltar que apenas um médico especialista pode fazer o diagnóstico definitivo e indicar o tratamento adequado. Recomenda-se que o paciente procure um endocrinologista para uma avaliação mais detalhada e a realização de outros exames, se necessário.

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