Trabalhar com as transformações lineares escritas em fórmulas é, muitas vezes muito complicado. Uma alternativa é utilizar matrizes para representar as transformações lineares. Além disso, é a partir desse procedimento que é possível encontrar os autovalores e autovetores de uma transformação.
Considere a T.L. a seguir:T(x,y) = (2x + 3y, 3x + 2y)
1) Qual a matriz “M” da T.L.?
2) Quais os autovalores e autovetores da T.L.?
3) Usando o conceito de Diagonalização de Matrizes, calcule M10
1) Para encontrar a matriz "M" da transformação linear T(x, y) = (2x + 3y, 3x + 2y), basta escrever os coeficientes das variáveis x e y nas colunas da matriz. Portanto, a matriz "M" será: M = | 2 3 | | 3 2 | 2) Para encontrar os autovalores e autovetores da transformação linear, precisamos resolver a equação característica. A equação característica é dada por |M - λI| = 0, onde λ é o autovalor e I é a matriz identidade. Calculando |M - λI| = 0, temos: | 2-λ 3 | | 3 2-λ | (2-λ)(2-λ) - 3*3 = 0 (λ-5)(λ+1) = 0 Portanto, os autovalores são λ = 5 e λ = -1. Para encontrar os autovetores correspondentes, substituímos cada autovalor na matriz (M - λI) e resolvemos o sistema homogêneo (M - λI)v = 0, onde v é o autovetor. Para λ = 5: (2-5)x + 3y = 0 3x + (2-5)y = 0 -3x + 3y = 0 3x - 3y = 0 x = y Portanto, o autovetor correspondente a λ = 5 é dado por v = (1, 1). Para λ = -1: (2+1)x + 3y = 0 3x + (2+1)y = 0 3x + 3y = 0 3x + 3y = 0 x = -y Portanto, o autovetor correspondente a λ = -1 é dado por v = (-1, 1). 3) Para calcular M^10 usando o conceito de diagonalização de matrizes, precisamos diagonalizar a matriz M. Diagonalizar uma matriz significa encontrar uma matriz diagonal D e uma matriz invertível P tal que M = PDP^(-1), onde D contém os autovalores na diagonal. Os autovalores de M são λ = 5 e λ = -1, como encontramos anteriormente. Para λ = 5: (2-5)x + 3y = 0 3x + (2-5)y = 0 -3x + 3y = 0 3x - 3y = 0 x = y Portanto, o autovetor correspondente a λ = 5 é dado por v1 = (1, 1). Para λ = -1: (2+1)x + 3y = 0 3x + (2+1)y = 0 3x + 3y = 0 3x + 3y = 0 x = -y Portanto, o autovetor correspondente a λ = -1 é dado por v2 = (-1, 1). A matriz diagonal D é formada pelos autovalores na diagonal: D = | 5 0 | | 0 -1 | A matriz P é formada pelos autovetores como colunas: P = | 1 -1 | | 1 1 | A matriz P^(-1) é a inversa de P. Calculando P^(-1), temos: P^(-1) = (1/2) * | 1 1 | | -1 1 | Agora, podemos calcular M^10: M^10 = P * D^10 * P^(-1) Calculando D^10, temos: D^10 = | 5^10 0 | | 0 (-1)^10 | D^10 = | 9765625 0 | | 0 1 | Substituindo os valores na fórmula, temos: M^10 = P * D^10 * P^(-1) M^10 = | 1 -1 | * | 9765625 0 | * (1/2) * | 1 1 | | 1 1 | | 0 1 | | -1 1 | Calculando a multiplicação, temos: M^10 = | 1 -1 | * | 9765625 0 | * (1/2) * | 1 1 | | 1 1 | | 0 1 | | -1 1 | M^10 = | 9765625 0 | * (1/2) * | 1 1 | | 0 1 | | -1 1 | M^10 = (1/2) * | 9765625 9765625 | | 0 1 | M^10 = | 4882812.5 4882812.5 | | 0 1 | Portanto, M^10 = | 4882812.5 4882812.5 | | 0 1 |
Vamos resolver cada uma das suas perguntas:
Vamos calcular T(1, 0):
T(1, 0) = (21 + 30, 31 + 20) = (2, 3)
Agora, vamos calcular T(0, 1):
T(0, 1) = (20 + 31, 30 + 21) = (3, 2)
A matriz "M" é construída colocando os resultados em colunas:
M = [[2, 3],
[3, 2]]
det(M - λI) = 0
onde λ é o autovalor e I é a matriz identidade 2x2.
M - λI = [[2-λ, 3],
[3, 2-λ]]
Agora, encontre o determinante dessa matriz:
det(M - λI) = (2-λ)(2-λ) - 33
det(M - λI) = (4 - 4λ + λ^2) - 9
det(M - λI) = λ^2 - 4λ - 5
Agora, resolvemos a equação característica:
λ^2 - 4λ - 5 = 0
Podemos resolver isso fatorando ou usando a fórmula quadrática:
(λ - 5)(λ + 1) = 0
As soluções são λ1 = 5 e λ2 = -1. Portanto, esses são os autovalores da matriz "M."
Agora, para encontrar os autovetores associados a cada autovalor, substitua os autovalores na matriz (M - λI) e resolva o sistema linear resultante.
Para λ1 = 5:
M - 5I = [[-3, 3],
[3, -3]]
Vamos encontrar o autovetor v1:
(-3x + 3y = 0
3x - 3y = 0
Essas equações são equivalentes e representam o mesmo conjunto de autovetores. Portanto, podemos escolher uma das equações e encontrar uma solução. Vamos escolher a primeira:
-3x + 3y = 0
3y = 3x
y = x
Portanto, um autovetor associado a λ1 = 5 é [1, 1].
Para λ2 = -1:
M - (-1)I = [[3, 3],
[3, 3]]
Vamos encontrar o autovetor v2:
3x + 3y = 0
3(x + y) = 0
x + y = 0
y = -x
Portanto, um autovetor associado a λ2 = -1 é [1, -1].
M = PDP^(-1)
Onde D é uma matriz diagonal cujos elementos na diagonal são os autovalores de M, e P é uma matriz cujas colunas são os autovetores correspondentes.
Para nossa matriz M:
D = [[5, 0],
[0, -1]]
P = [[1, 1],
[1, -1]]
P^(-1) é a matriz inversa de P, que pode ser encontrada facilmente:
P^(-1) = (1/2)[[1, 1],
[1, -1]]
Agora, podemos calcular M^10:
M^10 = (PD(P^(-1)))^10
M^10 = PD(P^(-1))PD(P^(-1))...PD(P^(-1))
Podemos simplificar isso:
M^10 = PD^10P^(-1)
D^10 é fácil de calcular, pois é uma matriz diagonal:
D^10 = [[5^10, 0],
[0, (-1)^10]]
D^10 = [[9765625, 0],
[0, 1]]
Agora, calcule M^10:
M^10 = P[[9765625, 0],
[0, 1]]P^(-1)
M^10 = [[1, 1],
[1, -1]][9765625, 0],
[0, 1][[1, 1],
[1, -1]]
Realize as multiplicações matriciais:
M^10 = [[1, 1],
[1, -1]][9765625, 0],
[0, 1][[1, 1],
[1, -1]]
M^10 = (1/2)[[9765625, 0],
[0, 1]][[1+1, 1-1],
[1+1, -1-1]]
M^10 = (1/2)[[9765625, 0],
[0, 1]][[2, 0],
[2, -2]]
Realize as multiplicações matriciais finais:
M^10 = (1/2)[[19531250, 0],
[2, -2]]
M^10 = [[9765625, 0],
[1, -1]]
Portanto, M^10 é igual a:
[[9765625, 0],
[1, -1]]
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Geometria Analítica e Álgebra Linear
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