Paciente F.F.A., 20 anos, com lesão medular a nível C6, está traqueostomizado em ar ambiente, taquipneico, saturando 82%. Gasometria: pH=7,36, PaO2...

A) Para calcular a PaO2 ideal, é necessário utilizar a fórmula de Alveolar-Arterial Gradient (A-aDO2): A-aDO2 = (FiO2 x (Patm - PH2O)) - (PaCO2 / R) - PaO2 Onde: - FiO2 é a fração inspirada de oxigênio (geralmente 0,21 em ar ambiente); - Patm é a pressão atmosférica (geralmente 760 mmHg ao nível do mar); - PH2O é a pressão de vapor de água (geralmente 47 mmHg); - PaCO2 é a pressão arterial de dióxido de carbono; - R é a relação respiratória (geralmente 0,8); - PaO2 é a pressão arterial de oxigênio. Substituindo os valores fornecidos na questão, temos: A-aDO2 = (0,21 x (760 - 47)) - (40 / 0,8) - 82 A-aDO2 = 157,93 - 50 - 82 A-aDO2 = 25,93 mmHg A PaO2 ideal é calculada subtraindo-se o A-aDO2 do FiO2 x (Patm - PH2O): PaO2 = FiO2 x (Patm - PH2O) - A-aDO2 PaO2 = 0,21 x (760 - 47) - 25,93 PaO2 = 157,93 - 25,93 PaO2 = 132 mmHg B) Com base na PaO2 ideal calculada, podemos escolher o dispositivo de oxigenioterapia adequado. Para pacientes com lesão medular traqueostomizados, é comum utilizar a cânula de traqueostomia com oferta de oxigênio suplementar. A dosagem de O2 ofertada pode variar de acordo com a necessidade do paciente, mas geralmente é ajustada para manter a saturação de oxigênio (SaO2) acima de 90%. Portanto, a dosagem de O2 ofertada deve ser ajustada para atingir uma SaO2 de pelo menos 90% no caso do paciente F.F.A.