No caso de um acidente com picada de abelha, os sinais clínicos estão relacionados à quantidade de picadas no animal. Quando o animal sofre algumas picadas, ele apresentará uma reação tóxica local, causando uma reação inflamatória local, caracterizada por vermelhidão, inchaço e aumento da temperatura na área afetada, geralmente nas áreas oculares, nasais e orais. Nesses casos, é recomendado o uso de adrenalina, pois está na fase inicial da intoxicação. Quando o animal já foi sensibilizado, apenas uma picada é suficiente para que o animal tenha uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, o que pode levar o animal a sofrer um choque anafilático. Nesse caso, é recomendado o uso de antihistamínicos e corticosteroides para reverter a reação, além de manter o animal em terapia com oxigênio. Quando o animal sofre múltiplas picadas, ele está suscetível a uma reação tóxica sistêmica, que pode levar à insuficiência renal, bem como a uma crise hemolítica e até mesmo um choque anafilático. Nesse caso, pode-se observar taquicardia, taquipneia, dispneia, urina mais escura, edema e icterícia. Nesse caso, é utilizado o tratamento com fluidoterapia, além de manter o animal em terapia com oxigênio, e o uso de diuréticos para controlar possíveis insuficiências renais, como o uso de corticosteroides para a crise hemolítica que pode ocorrer. Se o animal apresentar choque anafilático, são utilizados antihistamínicos e corticosteroides. Vale ressaltar que não há um antídoto específico, e o tratamento consiste em remover as agulhas o mais rápido possível, o que geralmente é feito com o auxílio de uma pinça próxima à pele para evitar a inoculação do veneno. Em outros casos, pode ser necessário raspar a pelagem do animal. Portanto, é necessário realizar um tratamento de suporte para cada sinal clínico e monitorar o animal para evitar que ele morra.
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Toxicologia Veterinária
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