Camilo, réu primário e sem antecedentes criminais, foi denunciado pelo delito de furto triplamente qualificado. Ainda na fase policial, após a homologação do flagrante, foi decretada sua prisão preventiva. Ao término do feito, depois de permanecer recolhido provisoriamente por dezoito meses, Camilo acabou condenado à pena de cinco anos de reclusão. Nesse caso, o juiz poderá descontar esse tempo da prisão tanto para fins de determinação do regime quanto para substituir a pena privativa de liberdade por penas restritivas de direito, caso o acusado preencha os requisitos legais, dado que o desconto do tempo da prisão cautelar remeterá a pena aos limites temporais previstos para as sanções alternativas previstas no art. 44 do Código Penal. Esta afirmação está correta?
Sim, a afirmação está correta. De acordo com o artigo 387, § 2º, do Código de Processo Penal, o tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade, desde que a prisão cautelar tenha sido executada em estabelecimento compatível com o regime da pena aplicada. Além disso, o artigo 42 do Código Penal prevê que, se a pena privativa de liberdade imposta não for superior a 4 anos e o réu não for reincidente, o juiz poderá substituí-la por uma ou mais penas restritivas de direitos. Portanto, se o tempo de prisão cautelar for descontado da pena imposta e o resultado for igual ou inferior a 4 anos, o juiz poderá substituir a pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos, desde que o réu preencha os requisitos legais.
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