A Síndrome Nefrítica e a Síndrome Nefrótica são doenças renais que apresentam diferenças significativas em suas manifestações clínicas e fisiopatologia. A Síndrome Nefrítica tem início súbito e é caracterizada por oligúria, edema, hipertensão arterial, hematúria com cilindros hemáticos, proteinúria discreta ou moderada e retenção de compostos nitrogenados (azotemia). Já a Síndrome Nefrótica, resultante de alterações na permeabilidade glomerular por lesões estruturais ou anormalidades funcionais, é caracterizada por proteinúria maciça (> 3,5 g/24 horas), hipoproteinemia, especialmente hipoalbuminemia, edema generalizado, lipidúria e hiperlipidemia. A proteinúria é o principal componente da Síndrome Nefrótica e resulta da perda de proteínas plasmáticas nos glomérulos. A hipoalbuminemia deve-se sobretudo à proteinúria, mas também a hipercatabolismo proteico e alterações na síntese de proteínas. O edema, que é causado principalmente por redução da pressão oncótica do plasma. A hiperlipidemia associa-se a aumento na síntese de lipoproteínas pelo fígado. Com a hiperlipidemia e o aumento da permeabilidade dos glomérulos para lipoproteínas, ocorre lipidúria. A anemia deve-se à eliminação urinária de ferro fixado à transferrina. Em resumo, a Síndrome Nefrítica é caracterizada por oligúria, hematúria com cilindros hemáticos e retenção de compostos nitrogenados, enquanto a Síndrome Nefrótica é caracterizada por proteinúria maciça, hipoproteinemia, edema generalizado, lipidúria e hiperlipidemia.
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