Enquanto professores e/ou futuros professores diversas situações sensíveis percorrerão as temáticas de suas aulas, e ao considerar que somos tomados por uma influência cultural é necessário estarmos atentos aos desafios de ensinar. Esse ato deve levar em consideração a diversidade cultural de nossos alunos - de forma específica, aqui nos atentamos à religião. Segundo Vilma Tereza Reich (2019, p.66-67) o professor habilitado em ensino religioso deve aperfeiçoar suas práticas políticas-pedagógicas em aspectos como:

a.

Acolher a própria diversidade pela reverência na alteridade; considerar a família e a comunidade religiosa como espaços privilegiados para a vivência religiosa e para as opções dos educandos; reconhecer a pluralidade cultural da comunidade onde atuará e assumir a diversidade nos seus múltiplos aspectos.

b.

Perceber o sentido da atitude moral, como uma das consequências do fenômeno religioso sistematizado pelas tradições religiosas nas diferentes matrizes religiosas e como expressão da consciência e resposta pessoal ou comunitária das pessoas envolvidas nos respectivos fatos; reconhecer as manifestações do fenômeno religioso nas diferentes tradições religiosas e suas teologias; analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações sociais dos diferentes grupos religiosos; Considerar a família e a comunidade religiosa como algo secundário;

c.

Articular e facilitar o diálogo a partir das questões suscitadas nos processos de ensino aprendizagem dos educandos; considerar a família e a comunidade religiosa como espaços privilegiados para a vivência religiosa e para as opções dos educandos; acolher apenas aos que possuem uma crença em comum com o professor.

d.

Considerar a família e a comunidade religiosa é algo secundário; habilitar-se a ser capaz de diferentes leituras, na perspectiva hermenêutica dos textos e narrativas sagradas advindos das diferentes matrizes religiosas presentes na cultura brasileira (africanas, indígenas, ocidentais e orientais).

e.

Considerar a família e a comunidade religiosa como espaços privilegiados para a vivência religiosa e para as opções dos educandos; colocar seu conhecimento e sua experiência pessoal a serviço da dignidade do educando, incluindo a questão da liberdade religiosa, subsidiando-o no entendimento do fenômeno religioso e a sua relação com a pluralidade e especificidades culturais; reconhecer a homogeneidade cultural da comunidade onde atuará e assumir a diversidade nos seus múltiplos aspectos;