A peça processual adequada a ser proposta em oposição à retenção do imposto de renda sobre os valores depositados pela empresa executada em ação de indenização, na fase de cumprimento de sentença, é a apresentação de Embargos à Execução. Os Embargos à Execução são uma ação autônoma que tem como objetivo impugnar a execução ou parte dela, com base em algum vício ou irregularidade que possa ter ocorrido no processo de execução. No caso em questão, a retenção do imposto de renda sobre os valores depositados pela empresa executada pode ser considerada um vício ou irregularidade, uma vez que tal retenção não é devida em relação aos danos morais. Assim, a peça processual deve ser fundamentada na inexistência de previsão legal para a retenção do imposto de renda sobre os valores depositados a título de danos morais, bem como na jurisprudência consolidada dos tribunais superiores que reconhece a impossibilidade de incidência do imposto de renda sobre tais valores. Além disso, é importante destacar que a retenção do imposto de renda sobre os valores depositados pode causar prejuízos ao credor, uma vez que o valor a ser recebido será reduzido em 27,5%, o que pode comprometer a reparação integral dos danos sofridos. Por fim, é necessário requerer a suspensão da ordem de pagamento expedida pelo juiz, até que seja julgado o mérito dos Embargos à Execução, bem como a condenação da empresa executada ao pagamento dos valores integrais da condenação, sem a retenção do imposto de renda.
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