As principais enzimas pancreáticas responsáveis pela digestão da proteína são a tripsina, quimotripsina e carboxipolipeptidase. A amilase pancreática é a principal enzima responsável pela digestão de carboidratos e a lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase são as principais enzimas responsáveis pela digestão de gorduras. Essas enzimas são produzidas pelos ácinos pancreáticos. A regulação da produção das enzimas pancreáticas é feita pela acetilcolina, colecistoquinina e secretina. A acetilcolina é responsável pela estimulação cefálica, gástrica e intestinal do sistema nervoso autônomo parassimpático, principalmente do nervo vago. A colecistoquinina é responsável pela detecção de oligopeptídeos e oligossacarídeos no duodeno, estimulando a secreção dos zimogênios pelos ácinos pancreáticos. A secretina é responsável pela detecção da acidez do suco gástrico na porção inicial do duodeno, estimulando a secreção de bicarbonato pelos dutos pancreáticos. O bicarbonato presente no suco pancreático é produzido em grande volume (~1200 - 1500 mL/dia) pelas células dos dutos pancreáticos, respondendo fortemente à secretina e à estimulação vagal com acetilcolina. As enzimas proteolíticas produzidas no pâncreas são ativadas pela enteroquinase da borda em escova da parede duodenal. A enteroquinase ativa o tripsinogênio em tripsina e a tripsina amplifica o processo, clivando o quimotripsinogênio e a procarboxipolipeptidase, além do próprio tripsinogênio. Todo esse processo só é possível com a participação do bicarbonato, alterando rapidamente o pH do suco gástrico (~1,5) para a faixa ótima para a ação dessas enzimas (~ entre 7,0 e 8,0). A mudança na cor das fezes ocorre devido à bilirrubina, produto de excreção derivado da metabolização do grupo heme, que uma vez solubilizada no fígado (conjugada) é excretada à luz intestinal, junto com o suco pancreático, na forma de urobilinogênio. Na luz intestinal, parte desse urobilinogênio é reabsorvido, mas parte é excretado nas fezes, com participação da flora, na forma de estercobilina, que dá a cor característica às fezes. Quando há obstrução biliar, o urobilinogênio não consegue ter acesso à luz intestinal, deixando as fezes sem sua coloração acastanhada característica (acolia fecal).
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Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Digestório, Endócrino e Renal
Ciencias Morfofuncionais Renal Digestorio e Endocrino
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