Imagine que você é advogado e recebe em seu escritório o curador de uma mulher de aproximadamente 30 anos, estrangeira, solteira, mãe de duas filha...

Imagine que você é advogado e recebe em seu escritório o curador de uma mulher de aproximadamente 30 anos, estrangeira, solteira, mãe de duas filhas menores de idade. A mulher sofreu um gravíssimo acidente em frente à casa do curador, seu amigo. Ela foi atropelada e passou os últimos três meses em coma, na UTI. Segundo os médicos, a situação pode perdurar. O amigo, e agora curador, abrigou as crianças, filhas da vítima, e, passados alguns meses, ajuizou a ação de curatela para pagar as contas que iam vencendo no nome da mulher e para ter acesso à residência da vítima para buscar documentos. Enfim, exercer uma ajuda de forma legal. Assim, foi deferida a curatela dele em favor da amiga atropelada. Desde o acidente, as duas filhas da mulher permaneceram na companhia do curador, pois não havia parentes e eram amigas de suas filhas, o que facilitou a convivência. Ele vem cuidando das meninas dela, levando-as à escola, alimentando-as, prestando toda a assistência. Acontece que o curador e sua família pretendem passar o final de semana na praia, em um Estado vizinho. Apesar de ser uma viagem curta, ele não sabe se pode ou não levar as meninas, uma vez que é apenas curador, não o pai. Nesse contexto, responda ao curador se ele poderá levar as filhas da amiga na viagem, ou seja, se a autoridade do curador se estende também às filhas.