O estado de coisas inconstitucional é um instituto jurídico que permite ao Poder Judiciário intervir em políticas públicas que estejam em situação de grave violação aos direitos fundamentais, quando o Estado não consegue solucionar o problema por si só. No caso do sistema carcerário brasileiro, o STF reconheceu a existência do estado de coisas inconstitucional em 2015, no julgamento da ADPF 347 e da ADC 12. Com isso, o tribunal determinou que o Estado adotasse medidas para solucionar os problemas do sistema prisional, como superlotação, falta de condições sanitárias e de segurança, entre outros. A utilização desse instituto pelo STF não fere o princípio da separação de poderes, uma vez que o Judiciário não está substituindo o Executivo na implementação de políticas públicas, mas sim exigindo que o Estado cumpra com suas obrigações constitucionais de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos.
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