Temos um médico que atende um jovem de 23 anos via telemedicina. O mesmo solicita a “troca” de pedido de exames de sangue e urina com 48 itens, fei...

Temos um médico que atende um jovem de 23 anos via telemedicina. O mesmo solicita a “troca” de pedido de exames de sangue e urina com 48 itens, feito por profissional nutricionista. O profissional se nega a fazer o pedido, pois julga que não há necessidade de solicitar grande parte daqueles exames para alguém tão jovem. Vamos lá… O profissional tem esse direito ou é obrigado a seguir o que o paciente solicita? É claro que é direito do médico não acatar a solicitação, isso é garantido pela autonomia do profissional médico, pois ele considera aqueles exames desnecessários. Aliás, lembrando do Código de Ética, “é vedado ao médico praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação vigente no País”. Resposta: letra D. Letras A e C: incorretas, pois não deve acatar a decisão. Letra B: incorreta. A explicação não faz sentido aqui. Na verdade, o médico tem direito de não acatar a decisão pois ele tem autonomia para isso, e mais não deve indicar atos médicos desnecessários. Letra E: incorreta. O que matava esse item é a palavra “deve”! Na verdade, estaria correto se fosse colocado da seguinte maneira: “não deve acatar a solicitação, pois PODE recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência.” O Código fala isso, veja: “O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente”.