Sabemos que a otite média aguda (OMA) é uma das principais causas de prescrição de antimicrobianos em pediatria, o que contribui para o aumento da ...

Sabemos que a otite média aguda (OMA) é uma das principais causas de prescrição de antimicrobianos em pediatria, o que contribui para o aumento da resistência aos antimicrobianos. Porém, nem sempre é necessário que seja feita a antibioticoterapia, pois um percentual dos casos evolui com melhora espontânea após alguns dias. Assim, podemos apenas observar algumas crianças por um período de 48 horas e, caso essa melhora não ocorra, fazer a terapêutica específica. Atualmente, a recomendação é a seguinte: todas as crianças com menos de seis meses devem ser tratadas; as crianças com idade entre seis meses e dois anos (como no caso trazido) devem ser tratadas se apresentarem otorreia, doença grave ou presença de OMA bilateral, as demais podem ser candidatas a um período inicial de observação; e, por fim, nas crianças com mais de dois anos, o tratamento só é imperativo nos casos de otorreia ou doença grave, os demais podem ser observados. A doença grave é caracterizada por febre alta (acima de 39oC), otalgia moderada/intensa ou otalgia por mais de 48 horas. Assim, no caso descrito, é possível um período de observação inicial. A melhor resposta foi a letra C, mas deve ficar a ressalva de que os analgésicos deveriam ser usados. A letra A não configuraria uma opção, pois os anti-inflamatórios devem ser evitados. Resposta: letra C.