Quais são as limitações ao poder derivado reformador?

O poder derivado reformador é uma das formas de exercício do poder constituinte, que é a capacidade de criar ou modificar a Constituição. As limitações ao poder derivado reformador estão previstas na própria Constituição e visam garantir a estabilidade e a segurança jurídica do ordenamento jurídico. Dentre as principais limitações, podemos citar: - Cláusulas pétreas: são dispositivos constitucionais que não podem ser alterados pelo poder derivado reformador, pois são considerados fundamentais para a manutenção do Estado Democrático de Direito. Exemplos de cláusulas pétreas são a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes e os direitos e garantias individuais. - Procedimento especial: a Constituição estabelece um procedimento especial para a aprovação de emendas constitucionais, que exige um quórum qualificado e a aprovação em dois turnos, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. - Iniciativa limitada: a iniciativa para apresentação de emendas constitucionais é limitada a determinados órgãos e autoridades, como o Presidente da República, um terço dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, as Assembleias Legislativas e o Supremo Tribunal Federal. - Matérias vedadas: a Constituição veda a aprovação de emendas que tendam a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes, os direitos e garantias individuais e outros dispositivos considerados fundamentais para a manutenção do Estado Democrático de Direito. É importante destacar que as limitações ao poder derivado reformador têm como objetivo garantir a estabilidade e a segurança jurídica do ordenamento jurídico, mas não impedem a evolução e a adaptação da Constituição às novas realidades sociais e políticas.