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Ressalte-se que o estudo da posse, ao longo da história, figura como centro de inúmeras divergências entre os juristas, tendo surgido várias teoria...

Ressalte-se que o estudo da posse, ao longo da história, figura como centro de inúmeras divergências entre os juristas, tendo surgido várias teorias na tentativa de lhe atribuir um conceito e o seu campo de abrangência. Duas se destacam: a Teoria Subjetiva, concebida por Savigny, e a Teoria Objetiva, desenvolvida por Ihering. Para a teoria de Savigny, possuidor é aquele que detém uma coisa com espírito de proprietário, usando e gozando em proveito próprio, sem que para isso seja necessária que do mesmo se tenha a convicção de que realmente seja dono (opinio suo cogitatio domini). Assim, para a configuração da posse, é necessária a conjugação de dois elementos: corpus e animus. Por sua vez, a Teoria de Ihering defende que a posse é a exteriorização ou visibilidade do domínio, ou seja, é a relação normal entre a pessoa e a coisa, agindo aquela como proprietária ou com a sua aparência. Não exige, para sua configuração, a intenção de ser dono (animus), bastando que o possuidor proceda em relação à coisa como se comportaria o proprietário em relação ao que é seu. Assim, para a teoria objetiva, a posse possui um único elemento: o corpus. Nesse sentido, afirma Nader: “O ‘animus dominiI’ importa, enfim, em agir o possuidor como proprietário zeloso, usufruindo de todas as utilidades que a coisa é capaz de proporcionar e imprimindo-lhe em sentido proveitoso para si e para o meio social. Exerce ele o poder de fato sobre a coisa, excluindo dela o verdadeiro proprietário, e, mesmo sabendo quem ele seja, não pode praticar atos que importem em reconhecimento do domínio alheio”. (NADER, Natal. Usucapião de imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1989, p. 20/21). Importante destacar, no que concerne à prova do tempo de posse ad usucapionem, o instituto da acessão da posse (accessio possessionis), previsto no art. 1.243, do Código Civil, in verbis: “O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé”.

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O texto apresenta duas teorias sobre a posse: a Teoria Subjetiva, de Savigny, que considera que a posse é a detenção de uma coisa com espírito de proprietário, conjugando dois elementos: corpus e animus; e a Teoria Objetiva, de Ihering, que defende que a posse é a exteriorização ou visibilidade do domínio, ou seja, é a relação normal entre a pessoa e a coisa, agindo aquela como proprietária ou com a sua aparência, exigindo apenas o elemento corpus. Além disso, o texto destaca a importância da prova do tempo de posse ad usucapionem e o instituto da acessão da posse, previsto no art. 1.243 do Código Civil.

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