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O papel da suplementação com glutamina ainda é controverso no indivíduo com câncer em tratamento de TCTH, apesar de alguma lógica biológica baseada...

O papel da suplementação com glutamina ainda é controverso no indivíduo com câncer em tratamento de TCTH, apesar de alguma lógica biológica baseada na glutamina ser semiessencial em condições catabólicas e favorecer mecanismos fisiológicos como a proteção da mucosa intestinal do impacto da quimioterapia e da radioterapia agressivas (KUHN et al., 2010). Sua indicação, por via oral tem o objetivo de reduzir sintomas como mucosite e odinofagia (ARENDS et al., 2017a; MOCHAMAT et al., 2017) e, por via parenteral, tem relação com o efeito negativo sobre o risco de re-caída tardia da doença (CROWTHER; AVENELL; CULLIGAN, 2009). Todavia, não existem dados clínicos consistentes suficientes para recomendar a glutamina de rotina para melhorar o resultado clínico em pacientes sub-metidos a quimioterapia em altas doses e TCTH (ARENDS et al., 2017a). Os requerimentos hídricos infundidos e perdidos devem ser monitorados e registrados para evitar hiper-hidratação e desidratação. A oferta de 30 mL/Kg a 35 mL/Kg ao dia está indicada, considerando o resultado do balanço hídrico, as perdas e as retenções (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 1998; MARTUCCI; REIS; RODRIGUES, 2019). O Quadro 4 apresenta as condutas consensuadas sobre as recomendações nutricionais para os pacientes oncológicos adultos submetidos ao TCTH. 4.4. Cuidados paliativos (ver Quadro 4) A necessidade nutricional do paciente em tratamento paliativo modifica-se de acordo com a expectativa de vida, o estado nutricional e o estresse metabólico relacionado com a inflamação (ARENDS et al., 2017a; ROBERTS; MATTOX, 2007). Segundo Bosaeus, Daneryd e Lundholm (2002), aproximadamente 48% dos indivíduos sob cuidados paliativos são hipermetabólicos. Entretanto, o gasto energético pode estar inalterado devido à redução da atividade física diária. Dessa maneira, o nutricionista, junto à equipe, deve avaliar minuciosamente todos os fatores para definir a melhor quantidade de calorias, nutrientes e líquidos de modo individualizado (ORREVALL, 2015). Pacientes com câncer avançado em cuidados paliativos devem receber entre 25 a 35 Kcal/Kg/dia e de 1,0 a 1,5 g proteína/Kg/dia. Na fase dos cuidados ao fim de vida, as necessidades calóricas e proteicas não estão estabelecidas, pois serão oferecidas de acordo com a aceitabilidade e a tolerância. Nessa fase, o foco prioritário é o conforto (ARENDS et al., 2017b). A necessidade hídrica basal é de 30 a 35 mL/Kg/dia. Para o paciente idoso, é de 25 mL/Kg/dia, considerando que isso pode variar de acordo com a sintomatologia apresentada e a tolerância do paciente. A maioria dos pacientes em cuidados ao fim de vida requer quantidades mínimas de água e alimento para saciar a fome e a sede. Nessa fase, a recomendação hídrica preconizada é de 500 a 1.000 mL/dia. Assim, a oferta de líquidos, nessa fase, deve restringir-se à aceitação e à sintomatologia do indivíduo (DRUML et al., 2016; ARENDS et al., 2017a). Os desejos e as necessidades do paciente podem mudar na fase final de sua vida, e cada um pode comportar-se de maneira diferente até a hora da morte. O Quadro 4 apresenta as condutas consensuadas das recomendações nutricionais para os pacientes em cuidados paliativos.

Essa pergunta também está no material:

consenso de nutrição oncologica
164 pág.

Nutrição Humana Centro Universitário ChristusCentro Universitário Christus

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