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Olivier (2008) fala da existência de um quarto tipo com características disléxicas. É quando o indivíduo tem algumas características consideradas p...

Olivier (2008) fala da existência de um quarto tipo com características disléxicas. É quando o indivíduo tem algumas características consideradas próprias da dislexia, mas que, isoladas, nada significam ou podem ser causadas por outros distúrbios, às vezes, bem mais simples de curar. É nestes casos que alguns profissionais despreparados acabam confundindo-se ou, até mesmo de propósito, acabam diagnosticando como dislexia um distúrbio que provavelmente se cure até sozinho. Dentro destes tipos, existem variações que parecem tornar cada caso em um caso e cada disléxico em único. Portanto, não dá mais para admitir generalizações. E finalizando esta explanação, Olivier (2008) chama atenção que é preciso parar, definitivamente, de imaginar que a dislexia faça trocar letras (p/b, t/d, etc.). Segundo ele, crianças com perdas auditivas leves ou moderadas também costumam trocar e confundir fonemas, especialmente, "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b", "q" por "g", quando falam e até quando escrevem, principalmente na fase de alfabetização. Isso acaba sendo confundido com dislexia, quando, na verdade, é apenas uma falha auditiva. Além desses distúrbios, há outros que também têm sintomas parecidos com os da dislexia e isso acaba confundindo pais, professores e até profissionais mal informados. É preciso tomar muito cuidado antes de diagnosticar uma dislexia, que é bem mais complexa do que a maioria dos distúrbios relatados. O que acontece com o disléxico é que, na maioria dos casos, ele não identifica sinais gráficos, letra ou qualquer código que caracterize um texto. Portanto, ele não troca letras, porque seu cérebro sequer identifica o que seja uma letra. Se inverter letras e sílabas, é simplesmente porque nem sabe o que são letras e sílabas e não porque "troca letras", como se insiste em divulgar. Existem muitos distúrbios que fazem realmente a pessoa trocar letras, um deles é a dislalia que veremos mais adiante e outros que, em momento oportuno serão citados. Enfim, a dislexia não causa a troca de letras. É algo muito mais complexo que isso. Ainda sobre essa visão, deve-se lembrar que a equipe de G. Reid Lyon, do Instituto Nacional de Saúde Infantil Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos, em Bethesda (Maryland), avaliou exames de imagens do cérebro em funcionamento de 144 pessoas, sendo 70 disléxicas e 74 não disléxicas, todas com idade entre sete a 18 anos. Enquanto realizavam várias tarefas de leitura e de compreensão de sons, eles foram submetidos a um exame cerebral chamado ressonância magnética funcional. Foi observado que as pessoas com leitura normal, ou seja, sem dislexia, ativaram a parte posterior do cérebro, enquanto as disléxicas ativaram as regiões frontal e lateral, tendo a parte posterior inibida. Diante desses resultados, constataram-se evidências neurobiológicas de que existe uma interrupção subjacente nos sistemas neuronais associados à leitura em crianças com dislexia. Os dados indicaram que isso já é evidente desde muito cedo, concluíram os autores, em artigo publicado na revista Biological Psychiatry.

Essa pergunta também está no material:

Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade TDAH
96 pág.

Educação Inclusiva Faculdade UnyleyaFaculdade Unyleya

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Olivier (2008) fala sobre a existência de um quarto tipo com características disléxicas, que é quando o indivíduo tem algumas características consideradas próprias da dislexia, mas que, isoladas, nada significam ou podem ser causadas por outros distúrbios. É preciso tomar muito cuidado antes de diagnosticar uma dislexia, que é bem mais complexa do que a maioria dos distúrbios relatados. A dislexia não causa a troca de letras, é algo muito mais complexo que isso. Ainda sobre essa visão, deve-se lembrar que a equipe de G. Reid Lyon, do Instituto Nacional de Saúde Infantil Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos, avaliou exames de imagens do cérebro em funcionamento de 144 pessoas, sendo 70 disléxicas e 74 não disléxicas, todas com idade entre sete a 18 anos. Enquanto realizavam várias tarefas de leitura e de compreensão de sons, eles foram submetidos a um exame cerebral chamado ressonância magnética funcional. Foi observado que as pessoas com leitura normal, ou seja, sem dislexia, ativaram a parte posterior do cérebro, enquanto as disléxicas ativaram as regiões frontal e lateral, tendo a parte posterior inibida. Diante desses resultados, constataram-se evidências neurobiológicas de que existe uma interrupção subjacente nos sistemas neuronais associados à leitura em crianças com dislexia.

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