Olivier (2008) fala sobre a existência de um quarto tipo com características disléxicas, que é quando o indivíduo tem algumas características consideradas próprias da dislexia, mas que, isoladas, nada significam ou podem ser causadas por outros distúrbios. É preciso tomar muito cuidado antes de diagnosticar uma dislexia, que é bem mais complexa do que a maioria dos distúrbios relatados. A dislexia não causa a troca de letras, é algo muito mais complexo que isso. Ainda sobre essa visão, deve-se lembrar que a equipe de G. Reid Lyon, do Instituto Nacional de Saúde Infantil Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos, avaliou exames de imagens do cérebro em funcionamento de 144 pessoas, sendo 70 disléxicas e 74 não disléxicas, todas com idade entre sete a 18 anos. Enquanto realizavam várias tarefas de leitura e de compreensão de sons, eles foram submetidos a um exame cerebral chamado ressonância magnética funcional. Foi observado que as pessoas com leitura normal, ou seja, sem dislexia, ativaram a parte posterior do cérebro, enquanto as disléxicas ativaram as regiões frontal e lateral, tendo a parte posterior inibida. Diante desses resultados, constataram-se evidências neurobiológicas de que existe uma interrupção subjacente nos sistemas neuronais associados à leitura em crianças com dislexia.
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Psicologia da Educação I
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