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O trauma é uma epidemia no Brasil. Dados epidemiológicos sobre causas de morbimortalidade indicam uma acelerada progressão de mortes por causas ext...

O trauma é uma epidemia no Brasil. Dados epidemiológicos sobre causas de morbimortalidade indicam uma acelerada progressão de mortes por causas externas, sendo os acidentes e a violência os maiores responsáveis por esse evento. Assim sendo, o APH prestado à vítima ainda no local do acidente vai desde uma abordagem simples até a adoção de condutas mais complexas, com o objetivo de reduzir possíveis sequelas e buscar a manutenção da vida.

Essa assistência, quando prestada com qualidade, é um marco importante do prognóstico, visto que fatores, como a incorreta imobilização e/ou o transporte inadequado até uma unidade de referência, podem influenciar o agravamento de lesões que podem comprometer a vida antes mesmo da chegada ao hospital.

Acompanhe a situação a seguir:

Sendo assim, elabore um atendimento para o jovem Henrique conforme os protocolos do prehospital trauma life support (PHTLS) — suporte pré-hospitalar de vida no trauma.


💡 1 Resposta

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Lais Brandao

Padrão de resposta esperado

A vítima de trauma é considerada uma portadora de lesões complexas e assim deve ser considerada, com potencial gravidade, pois suas funções vitais podem estar comprometidas e deterioradas. Assim, para a assistência às vítimas de trauma, é reconhecido mundialmente o método mnemônico XABCDE, que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento.

Conduta: a equipe deve estar atenta aos aspectos de biossegurança, que fazem parte do atendimento antes de iniciá-lo.

• Uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

• Uso adequado de equipamentos e instalações.

• Verificação — teste dos equipamentos a serem utilizados, além do descarte de materiais em locais adequados.

Início do atendimento:

1. Realizar a avaliação primária XABCDE

• (X) – Exsanguinação: contenção de hemorragia externa grave. Sua abordagem deve ser antes do manejo das vias aéreas, uma vez que, epidemiologicamente, apesar de a obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.

• (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral: garantia da estabilização manual da coluna cervical, uso do colar cervical, garantia da permeabilidade da via aérea.

• (B) – Boa ventilação e respiração: oferecimento de O2 sob máscara não reinalante de 10 a 15l/min se Sat O2 < 94%.

• (C) – Circulação com controle de hemorragias: monitoramento da oximetria de pulso.

• (D) – Disfunção neurológica: avaliação precoce da Escala de Coma de Glasgow.

• (E) – Exposição total do paciente: a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas.

2. Considerar ventilação sob pressão positiva com bolsa válvula máscara com reservatório, caso não mantenha ventilação ou oxigenação adequada.

3. Controlar sangramentos externos.

4. A avaliação secundária no atendimento do politraumatizado consiste em um exame físico completo (crânio-caudal) e uma história resumida sobre o paciente (Sampla).

• Avaliação da reação pupilar

• Repetição seriada da Escala de Coma de Glasgow

• Aferição dos sinais vitais

• Exame da cabeça e da coluna

• Avaliação do pulso periférico e perfusão, sensibilidade e mobilidade

• Colhimento da história do paciente (Sampla):

(S) Sinais vitais

(A) Alergias

(M) Medicamentos (drogas inotrópicas ou cronotrópicas, anticoagulantes, insulina)

(P) Passado médico

(L) Ingestão de líquidos ingeridos recentemente

(A) Ambiente do evento relacionado com o trauma (detalhe do mecanismo de trauma)


5. Realizar a mobilização cuidadosa e a imobilização adequada da coluna cervical, do tronco e dos membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte.

6. O membro fraturado deve ter a ferida isolada o quanto antes do meio externo contaminado e contaminante, aplicar gazes ou compressas estéreis, tentativas de redução devem ser evitadas, pois, além de não se saber a exata natureza da lesão, existe o risco de levar detritos para a profundidade. Nesses casos, deve-se passar uma tala por trás do local afetado e depois, com uma ligadura, atar acima e embaixo da fratura, deixando-a exposta (coberta apenas com gazes ou compressas).

6. Realizar contato com a regulação médica e passar os dados de forma sistematizada.

7. Aguardar orientação da regulação médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.


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