No tocante a força máxima, a ativação completa dos músculos agonistas envolvidos em determinado movimento representa um dos grandes desafios que devem ser impostos ao sistema neuromuscular para o desenvolvimento máximo da força. Nesse contexto, os estudos apontam sistematicamente para a capacidade de recrutar as unidades motoras, ou seja, fibras musculares do tipo II (especificamente IIa e IIx) dos músculos agonistas como uma das responsáveis pela produção de força. Outros desafios também devem ser levados em consideração como a ativação de unidades motoras recrutadas nos músculos auxiliares para a execução de tarefas (sinergistas), junto com a inibição dos músculos que realizam o trabalho oposto aos músculos agonistas, isto é, os antagonistas. Todo esse conjunto de respostas contribui para que o indivíduo melhore a sua capacidade de gerar força máxima. Fonte: IDE, Bernardo Neme, MURAMATSU, Lucio Vitorelli, RAMARI, Cintia, MACEDO, Denise Vaz, PALOMARI, Evanisi Teresa. Adaptações neurais ao treinamento de força. Revista Acta Brasileira do Movimento Humano, v. 4, n.5, p.1-16, 2014 (adaptado). Considerando as adaptações neurais para a produção de força máxima, avalie as afirmações a seguir: I. Os reflexos são reações automáticas, consistentes e previsíveis a um estímulo sensorial. Desse modo, a força muscular é influenciada pelas vias aferentes sensoriais, responsáveis pela propriocepção. II. Uma adaptação neural é a sincronização de unidades motoras. Isso ocorre devido ao aumento na quantidade de disparos de potencias de ação advindos de unidades motoras de múltiplos grupamentos musculares sinergistas em uma mesma unidade de tempo. III. Três tipos de receptores sinalizam a posição dos membros, a velocidade e a direção dos movimentos: os receptores sensíveis ao alongamento do músculo, chamados fusos musculares; os receptores chamados órgãos tendinosos de Golgi, localizados nos tendões e sensíveis a força da contração muscular e por fim, os receptores mecânicos localizados nas cápsulas articulares sensíveis a flexão e extensão das articulações, chamados de corpúsculos de Pacini. ​IV. Uma variedade de adaptações neuromusculares é responsável pelo incremento da força, potência e taxa de desenvolvimento de força. Nos indivíduos sedentários, as adaptações neurais dificilmente estarão presentes no início de um programa de treinamento, pois o intuito é apenas tira-lo do sedentarismo. Em contrapartida, os indivíduos treinados ganham força de forma contínua, pois o organismo está adaptado para se desenvolver e adquirir força.