O caso apresentado trata-se de uma dívida tributária inscrita em dívida ativa, que foi objeto de notificação para pagamento ou parcelamento, mas o devedor não se manifestou. Diante disso, a PGFN realizou a averbação pré-executória do único imóvel de propriedade do devedor, no qual reside com sua família. Uma das possíveis teses cabíveis para o caso é a alegação de que a averbação pré-executória é ilegal, uma vez que o imóvel é o único bem de família do devedor e, portanto, impenhorável. Nesse sentido, o advogado poderá alegar que a averbação pré-executória viola o direito constitucional à moradia e à proteção da família, previstos no artigo 6º da Constituição Federal e no artigo 1.711 do Código Civil. Outra tese cabível é a alegação de que a dívida tributária está prescrita, uma vez que o prazo para a cobrança do crédito tributário é de 5 anos, contados a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, conforme previsto no artigo 174 do Código Tributário Nacional. Nesse caso, o advogado deverá analisar se o prazo de prescrição foi respeitado pela autoridade fiscal. Por fim, o advogado poderá alegar a existência de vícios no lançamento do imposto sobre a renda, que poderiam ser objeto de impugnação administrativa. Nesse caso, o advogado deverá analisar se há possibilidade de apresentação de Pedido de Revisão de Débitos Inscritos – PRDI, a fim de discutir a legalidade do lançamento tributário. Cabe ressaltar que as teses apresentadas são apenas algumas das possíveis soluções para o caso, e que a escolha da melhor estratégia dependerá da análise detalhada da documentação e das circunstâncias específicas do caso.
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