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Cerca de 400g de proteínas são renovadas diariamente. Portanto, cerca de 400g de proteínas são degradadas, porém a mesma quantidade está sendo prod...

Cerca de 400g de proteínas são renovadas diariamente. Portanto, cerca de 400g de proteínas são degradadas, porém a mesma quantidade está sendo produzida o que garante uma certa estabilidade na quantidade total de proteínas no organismo. Esta taxa de renovação, denominada de taxa de turnover, implica na necessidade da obtenção de aminoácidos essenciais na dieta além da síntese dos não-essenciais. Apenas 11 aminoácidos são sintetizados no organismo, porém a arginina é sintetizada, mas totalmente consumida no ciclo da uréia o que a torna indispensável na dieta e a cisteína e a tirosina são sintetizadas a partir da metionina e fenilalanina (aminoácidos essenciais). Assim apenas 9 são verdadeiramente independentes da alimentação. Entretanto, uma alimentação completa apresenta uma grande quantidade de aminoácidos, sejam essenciais ou não ou que favorece a uma absorção de aminoácidos sempre acima das necessidades diárias. O catabolismo dos aminoácidos é intenso após uma refeição protéica, permitindo a formação de grande quantidade de uréia, resultado da degradação do grupamento amino, como visto anteriormente. O cetoácido resultado das reações de transaminação e desaminação., entretanto, possuem diversos destinos metabólicos que podem ser reunidos em dois grandes grupos: 1) os cetogênicos; e 2) os glicogênicos. O primeiro grupo (os cetogênicos) corresponde aos que são degradados em acetil-CoA (de forma direta ou indireta, na forma de acetoacetil-CoA) e fornecem energia de forma imediata no ciclo de Krebs. São fenilalanina, tirosina, triptofano, lisina, isoleucina, treonina e leucina. A acetil-CoA produzida pelos aminoácidos cetogênicos não pode ser convertida em glicose, o que vai induzir à entrada obrigatória no Ciclo de Krebs para a produção de energia. Portanto, um excesso de catabolismo destes aminoácidos levará ao desvio para a produção de ácidos graxos, colesterol e corpos cetônicos de maneira idêntica a um excesso de acetil-CoA oriundo do catabolismo de carboidratos e lipídios. Os demais fornecem intermediários do ciclo de Krebs (oxalacetato, fumarato, succcinil-CoA e αcetoglutarato) bem como o piruvato. Alguns aminoácidos cetogênicos (fenilalanina, tirosina, triptofano, isoleucina e teronina) podem ser utilizados como substratos para a gliconeogênese além de produzir acetil-CoA, sendo chamados, portanto, de glicocetogênicos. Síntese de aminoácidos O glutamato, glutamina e prolina são sitentizados a partir do α-cetoglutarato. O aspartato é sintetizado a partir do oxalacetato (recebendo o grupo amino do glutamato). A asparagina é sintetizada a partir do aspartato e o grupo amino provém da glutamina. A alanina é oriunda da transaminação do piruvato e glutamato. A serina é sintetizada a partir do gliceraldeído-3-fosfato, sendo que a glicina e a cisteína derivam da serina. A arginina é utilizada durante o ciclo da uréia. A tirosina origina-se a partir da hidroxilação da fenilalanina. Metabolismo mineral Os principais minerais constituem 60 a 80% de todo o material inorgânico do corpo e são cálcio (Ca2⁺), fósforo (P), magnésio (Mg2), sódio (Na⁺), cloro (Cl⁻), potássio (K⁺), enxofre e lítio. Os oligoelementos ou estão presentes em quantidades de mg / g ou menos e são ferro, cobalto, cobre, cromo, flúor, manganês, molibdênio, silício e zinco. Foi sugerido que elementos traços (arsênico, boro, níquel, silício e vanádio) são essenciais para o ser humano, embora sua importância nutricional não tenha sido claramente estabelecida. Cálcio A maioria dos elementos minerais é fornecida por qualquer dieta mista. Leite e produtos lácteos são as principais fontes de cálcio. A maioria dos vegetais é rica em cálcio, mas a presença de certos compostos (ácidos fítico e oxálico) os faz formar sais de cálcio insolúveis que impedem sua absorção. Também um excesso de magnésio na dieta diminui a absorção de cálcio. Águas ricas em cálcio (águas duras) constituem uma importante contribuição desse mineral. As necessidades diárias de cálcio são estimadas entre 1.000 e 1.500 mg, dependendo da idade e de outros fatores, como gravidez, lactação e etc. O mecanismo mais importante para a absorção de Ca2⁺no intestino é pelo transporte ativo. Três etapas estão envolvidas nesse processo: absorção de Ca2⁺ do lúmen intestinal, transporte transcelular e saída de Ca2⁺ através da membrana basolateral. A entrada de Ca2⁺ no enterócito é favorecida pelo gradiente de concentração entre o lúmen intestinal e o citosol e o gradiente elétrico presente em ambos os lados da membrana. Quando o Ca2⁺ atinge o compartimento intracelular, a difusão citosólica é facilitada por proteínas. Essas proteínas se ligam ao Ca2⁺ e, assim, mantêm uma baixa concentração de Ca2⁺ no nível do citoplasma, mantendo seu gradiente favorável entre o lúmen intestinal e o enterócito. Finalmente, na superfície basolateral, a saída de Ca2⁺é facilitada por uma ATPase transportadora de AT2 dependente de ATP) e por uma bomba. O primeiro deles é o mais importante no intestino e o segundo no rim. No intestino delgado, existem receptores de vitamina D, o que aumenta a absorção de Ca2. O transporte paracelular ocorre através de junções estreitas entre as células e é facilitado por várias proteínas. Quando o cálcio entra no citosol, a partir da célula externa ou pela liberação de organelas intracelulares, liga-se reversivelmente às proteínas fixadoras de cálcio que, por sua vez, modulam a ação de outras proteínas ou enzimas. Entre as funções do cálcio no nível celular, seu papel no crescimento e divisão celular, contração muscular, estabilização, excitabilidade e permeabilidade da membrana plasmática, expressão gênica, neurotransmissão, regulação enzimática, secreção e ação endócrina e exócrina dos hormônios, bem como no transporte de íons através da membrana. Finalmente, o cálcio extracelular é essencial na mineralização óssea e dentária, na coagulação sanguínea (é um cofator dos fatores de coagulação VII, IX e X) e no reconhecimento e adesão celular. A urina excreta cerca de 1% (200 mg) de cálcio, que é igual à quantidade líquida absorvida diariamente no trato digestivo. A maioria do cálcio removido pelas fezes corresponde ao cálcio não absorvido (300-600 mg / dia) e o restante ao cálcio excretado no lúmen intestinal. Finalmente, entre 20 e 350 mg de cálcio são perdidos diariamente pelo suor. Fósforo

Essa pergunta também está no material:

Bioquimica aplicada a nutricao
165 pág.

Elementos de Bioquímica e Bioquímica Básica Faculdade Maurício de Nassau de RecifeFaculdade Maurício de Nassau de Recife

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