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renaturalmente com Maná. Nos dias de Elias, Deus enviou corvos e anjos para alimentá-lo. Assim, também, os anjos haveriam de alimentar Jesus. Todav...

renaturalmente com Maná. Nos dias de Elias, Deus enviou corvos e anjos para alimentá-lo. Assim, também, os anjos haveriam de alimentar Jesus. Todavia, Jesus entendeu que aquela tentação era uma questão de prioridade. A prioridade de Jesus naquele momento era confiar na provisão divina que viria posteriormente, ao invés de compartilhar das prioridades sugeridas por Satanás, que era a de satisfazer imediatamente a sua fome em virtude da fraqueza física. Numa tentação há sempre uma luta entre as inclinações do seu físico e as da sua natureza interior, ou da sua mente. Esta última sabe o que você precisa fazer, mas aquela o tenta a agira de modo contrário. Um exemplo muito claro disso fica 508 A UNIÃO DAS NATUREZAS DO REDENTOR evidente quando você está à mesa: você comeu o suficiente para o seu abasteci- mento, e você sabe que está satisfeito, mas, como a comida é boa, o seu corpo freqüentemente lhe diz: “Coma mais um pouquinho.”. Trata-se do prazer de co- mer. Essa é uma luta sutil, e, muito freqüentemente, os apetites físicos ganham a batalha porque não temos domínio sobre as reais prioridades. Por essa razão, algumas vezes temos que nos recolher em oração, meditação e jejum para acalmar os nossos próprios desejos incontidos numa situação comum, mas, quando você deixa de lado alguns dos meios de graça, então a batalha começa a ser perdida. Lembre-se de que Satanás sempre vai encontrar onde está a sua fraqueza, e as suas inclinações para as prioridades da carne. Ele não é onisciente, mas ele está acostumado a trabalhar com seres humanos pecadores há milênios. Portanto, cuide-se para que você não saia perdedor nesta luta. Nosso Redentor venceu as tentações das coisas lícitas. Ele estava fraco fisicamente, mas o seu espírito estava firme, consciente e forte o suficientemente para dizer não às própri- as necessidades imediatas. Sem dúvida, outras prioridades espirituais podem fazer parte de sua vida, mas elas também podem ser negligenciadas por causa dos desejos da carne, que Sata- nás usa para nos desviar dos principais objetivos de nossa vida. Lembre-se de que sempre “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1Jo 2.16) estarão diante [e dentro] de você na tentativa de afastá-lo dos santos propósitos. O inimigo de sua alma vai atacá-lo onde você é mais vulnerável. Ele não vai tentar derrubá-lo onde ele sabe que você é forte. Jesus foi atacado numa ocasião de debilidade física por estar 40 dias sem comer. Diferentemente de nós, ele não pos- suía natureza pecaminosa, a despeito da sua tentabilidade. No nosso caso, a possi- bilidade de queda é grande. Por isso precisamos estar atentos para o ataque e nos fortalecer nas áreas de fraqueza para que não sejamos assaltados pelo inimigo nos flancos descobertos. Essa deve ser a sua primeira preocupação, se você quiser vencer as tentações. Portanto, não priorize as necessidades de sua carne se elas baterem de frente com a violação de algum princípio de Deus. B. SATANÁS QUER QUE VOCÊ REAVALIE AS CAPACIDADES DE DEUS Na primeira tentação, Jesus preferiu confiar na providência divina que viria posteriormente para alimentá-lo. Aqui, na segunda tentação, de modo muito astu- to, Satanás o tentou a confiar nas providências divinas que haveriam de ampará-lo se ele saltasse do pináculo do templo, mas ele se recusou a obedecer as sugestões satânicas. O pináculo do templo era um lugar suficientemente alto para despedaçar al- guém que dali se lançasse. Seria como se você estivesse no alto de um grande 509ENSINO ESPECÍFICO SOBRE A TENTAÇÃO DO REDENTOR penhasco ou de um edifício com muitos andares. Essa seria uma boa ocasião para Jesus confiar na sustentação divina através dos anjos, como sugere Satanás, citan- do o Salmo 91.11, 12. Satanás estimulou Jesus a mostrar a sua messianidade, pois o Salmo 91.11, 12 apontou para essa possibilidade. “Se tu és o Filho de Deus” – essa frase indica um ataque à pessoa e posição de Jesus. É como se ele tivesse dito: “Se você é Filho de Deus – embora eu não ache que você seja – por que você não prova isso para mim? Salte. Não lhe vai acontecer nada. Você será protegido pelas providências divinas. Não duvide do que Deus vai fazer. Dê um salto de fé e prove para você mesmo quem você é”. De um lado, que visão espantosa seria Jesus, diante da vista de toda Jerusalém, saltar majestosamente do alto do templo e ser amparado miraculosamente por se- res celestiais imediatamente antes de se chocar contra o solo. Para usar uma lin- guagem moderna, haveríamos de ver todos os canais de televisão, milhares de câmeras tirando fotos e todos aclamando aquela sua confiança na providência di- vina. Seria a manifestação da sua grandeza e da sua fé em Deus! Por outro lado, posso imaginar que tristeza, que desaponto e que desastre seria para todos nós se Jesus houvesse praticado aquela espécie de bungee jump e tives- se caído na armadilha de Satanás. Mas, graças a Deus, ele nos enviou um Salvador poderoso bastante para ser invencível nas tentações! Assim como seria absolutamente errado Jesus descer da cruz (como sugeriram seus algozes), porque ele não completaria a nossa redenção, também seria errado ele saltar do pináculo do templo porque ele seria impedido, pelo Pai, de continuar sua obra em virtude da sua fraqueza. Um Redentor que não é poderoso o suficiente para ser invencível não serve aos propósitos do Eterno, mas a Divindade enviou um Redentor onipotente, que não poderia ser vencido nem mesmo pelas sugestões mais sutis, como essa da segunda tentação! Satanás vai tentar colocá-lo numa posição em que ele sugerirá que você ponha Deus sob prova, o que a Escritura condena (Dt 6.16). Depois das numerosas manifestações do poder redentor de Deus ao tirá-los do Egito com mão poderosa, eles caminharam pelo deserto e começaram a tentar Deus, reclamando das águas amargas (Êx 15.22-27), mas Deus purificou as águas. Reclamaram de não ter comida, e Deus providenciou o maná (Êx 16.22-35). Então eles disseram novamente: “Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés. Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor” (Êx 17.2). Os israelitas tenta- ram Deus por exigir água de Moisés como prova de que Deus estava realmente entre eles (Êx 17.7), ao invés de confiarem realmente em Deus. Eles queriam que Deus provasse que era fiel, quando ele já havia se mostrado fiel muitas vezes. Nós tentamos Deus quando, ao invés de disciplinarmos os nossos filhos, supo- mos que Deus vai supri-los com obediência. Tentamos Deus quando negligencia- mos os nossos corpos, não fazendo exercícios regulares, esperando que Deus nos 510 A UNIÃO DAS NATUREZAS DO REDENTOR dê saúde. Tentamos Deus quando não nos dedicamos ao nosso trabalho, mas espe- ramos sempre ter as nossas necessidades supridas, apenas para que Deus mostre uma vez mais que é Deus providente. Nós tentamos Deus quando pedimos sinais miraculosos da orientação divina, mas negligenciamos a sua Palavra. Jesus Cristo foi tentado a tentar Deus para que mostrasse sua obra providenci- al na sustentação do seu corpo, para que seu corpo não estourasse no chão quando Jesus saltasse do pináculo. Todavia, Jesus também disse não a essa tentação. “Não tentarás ao Senhor teu Deus”. Tenha cuidado, porque Satanás quer você reavalie as capacidades de Deus quando ele já tem provado muitas vezes o que pode fazer e o que tem feito. C. SATANÁS QUER QUE VOCÊ REPENSE A SUA ADORAÇÃO Na terceira tentação, Satanás não foi sutil como nas duas primeiras registradas por Mateus. Ele abriu o jogo e revelou o sonho que acalentou desde quando se rebelou contra Deus e desde quando insinuou que os nossos primeiros pais tam- bém desejassem: ser igual a Deus. “Darei isto tudo se prostrado me adorares”. Após levar Jesus para um alto monte, como um vendedor, ele mostrou todas as coisas bonitas que podia mostrar – as glórias dos reinos deste mundo – como se elas lhe pertencessem, e sugeriu que o Redentor dos filhos homens fizesse o im- possível: que o adorasse. A essa altura é possível perceber que ele estava em deses- pero, pois não havia meios de Jesus cair na sua armadilha. Então, ele resolve abrir o jogo, pedindo que Jesus o considerasse Deus, prestando-lhe culto.

Essa pergunta também está no material:

Coleção fé evangélica - Heber Carlos de Campos - A união das naturezas do Redentor 672
672 pág.

Teologia Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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