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17. Ações autônomas de impugnação: Revisão Criminal, Habeas Corpus e Mandado de Segurança 17.1. Revisão criminal A revisão criminal é uma ação autô...

17. Ações autônomas de impugnação: Revisão Criminal, Habeas Corpus e Mandado de Segurança
17.1. Revisão criminal
A revisão criminal é uma ação autônoma de impugnação que, de forma excepcional, tem como objetivo modificar a sentença penal condenatória transitada em julgado, relativizando assim a coisa julgada, sempre em benefício do réu, sendo vedada a revisão criminal pro societate.
É pressuposto da revisão criminal a existência de sentença penal condenatória transitada em julgado.
Conforme dispõe o art. 621 do CPP, é cabível revisão criminal:
• Quando a sentença penal condenatória, transitada em julgado, for contrária ao texto da lei ou à evidência dos autos;
• Quando for fundamentada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
• Quando, após a sentença penal condenatória transitada em julgado, forem descobertas novas provas de inocência ou de causa de diminuição da pena.
Obs.: a doutrina e a jurisprudência admitem revisão criminal nas hipóteses de sentença absolutória imprópria, visto que resultam na aplicação de medida de segurança, uma sanção penal.
revisão criminal, de igual forma, se o réu tiver sido absolvido em primeiro grau e condenado em segundo grau após recurso interposto pelo Ministério Público.
Efeitos: trata-se de uma ação de impugnação excepcional, admitida somente em favor do réu, sendo assim, é possível que o Tribunal profira decisão ultra petita, como, por exemplo, decidir pela absolvição do réu, ainda que o pedido tenha sido somente de anulação.
Julgada procedente a revisão criminal, o tribunal poderá alterar a classificação do réu, absolvê-lo, modificar sua pena ou anular o processo (art. 626 do CPP).
Não há possibilidade de decisão que agrave a situação do réu, sendo vedada reformatio in pejus (art. 626, parágrafo único, do CPP). Ainda que a decisão tenha anulado o processo e tenhamos uma nova tramitação processual e, consequentemente, nova decisão, esta não pode ser mais gravosa que a anterior, sob pena de reformatio in pejus indireta.
É chamado de juízo rescindente aquele que desconstitui a decisão impugnada, quando cassa uma decisão. Já aquele que reforma a decisão impugnada, substituindo a anterior, reexaminando seu mérito, havendo, ainda, novo julgamento, é chamado juízo rescisório ou revisório.
Havendo decisão absolutória, todos os direitos perdidos pelo réu serão reestabelecidos, devendo o tribunal, em caso de absolvição imprópria, impor a medida de segurança cabível (art. 627 do CPP).
Por fim, se tiver sido postulado pelo interessado, o tribunal poderá reconhecer o direito a uma justa indenização, tendo em vista os prejuízos sofridos (art. 630 do CPP).

Essa pergunta também está no material:

Processo Penal _ Pdf de conteúdo 41 Exame
124 pág.

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