4. Pedro, cidadão brasileiro propõe uma ação popular para invalidar um contrato de fornecimento de máscaras e respiradores celebrado pelo Município...

4. Pedro, cidadão brasileiro propõe uma ação popular para invalidar um contrato de fornecimento de máscaras e respiradores celebrado pelo Município X e a sociedade empresária Y sem licitação em valores bem acima do mercado, e a condenação ao pagamento dos danos causados ao erário. Em juízo, são citados o Secretário de Saúde do Estado, o sócio gerente da sociedade empresária X. Na contestação, a sociedade X alega que o Pedro é parte ilegítima, sob o fundamento de que o Ministério Público seria a parte legítima. Na mesma oportunidade oferece pedido reconvencional para condenar Pedro a pagar indenização por danos morais. No caso em questão, é correto afirmar:

a) A reconvenção somente seria cabível se fosse dirigida à coletividade, pois Pedro atua como substituto processual, defendendo em nome próprio direito alheio. A preliminar de ilegitimidade ativa de Pedro deve ser acolhida na contestação.
b) Pedro é parte legítima, porém somente pode figurar no polo passivo o Secretário de saúde, já que o pedido não pode ser direcionado aos particulares.
c) Pedro é parte legítima para a propositura da ação popular. No entanto, não é cabível a reconvenção para a formulação do pedido dirigido ao autor popular, pois este é substituto processual da coletividade. Também não seria possível pedido reconvencional de ressarcimento de danos dirigido à coletividade, pois seria uma ação coletiva passiva sem representante adequado.
d) Pedro é parte legítima, e a reconvenção é cabível no rito da ação popular no caso de exercício abusivo do direito de ação.
e) Pedro é parte ilegítima, pois a ação somente poderia ser proposta pelo Ministério Público e o pedido da ação popular deve ser sempre a invalidação do ato lesivo, mas nunca o ressarcimento de perdas e danos.