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Estudo do papel A invenção do papel é atribuída ao chinês Ts’ai Lun, no ano 105. Em meados do século VIII, com a conquista dos chineses pelos árabes, o papel foi introduzido na Europa através da Península Ibérica, espalhando-se daí para o mundo inteiro.

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As Fibras celulósicas são o ingrediente básico para a produção do papel. Qualquer vegetal possui fibras celulósicas, mas nem todos são apropriados para essa finalidade. As fibras vegetais como as fibras de linho e de algodão (usadas no papel-moeda de diversos países) são as mais longas, e por isso produzem papéis mais resistentes, porém menos lisos. As fibras de pinus são mais curtas, e conferem menos resistência, porém permitem a obtenção de um papel mais liso. O eucalipto, matéria-prima mais usada no Brasil, possui fibras ainda mais curtas. Para serem usadas na produção de papel, as fibras precisam ser separadas dos outros constituintes da madeira. Existem dois processos básicos de separação: O mecânico, proporciona maior rendimento, mas menor qualidade, pois a moagem provoca a quebra das fibras, e muitos componentes indesejáveis da madeira não são removidos – como a lignina, a hemicelulose e algumas resinas, que sofrem decomposição por ação de luz e calor, e, com o tempo, deixam o papel mais escurecido e quebradiço. Mais usado na produção de papéis para jornais, lenços e guardanapos; O químico consiste em colocar pequenas lascas de madeira em uma solução de soda cáustica e sulfato ou sulfito. A seguir, essa mistura é agitada e aquecida em alta temperatura e pressão. Assim, as fibras são desprendidas e separadas do material orgânico indesejável, sendo depois disso lavadas e alvejadas antes de sua utilização. Esse processo é mais caro e poluente, mas produz um papel de melhor qualidade. Durante a produção do papel, essa massa de fibras sofre adição de água e vários outros produtos. Cargas (fillers) são substâncias usadas para dar volume ao papel, mas também conferem lisura (pois preenchem os vazios entre as fibras), brilho e opacidade. Além disso, aumentam a capacidade de absorção do papel (para os solventes das tintas) e sua estabilidade dimensional (pois, ao contrário das fibras, não se dilatam com o aumento da umidade). No entanto, as cargas diminuem a resistência do papel. Adesivos ou selantes são substâncias usadas para incrementar a aderência entre as fibras celulósicas e para a retenção das cargas (fillers). Exemplos: amido, gelatina, gomas e polímeros sintéticos. Corantes são usados para produzir papéis coloridos. Branqueadores ópticos são substâncias luminescentes adicionadas aos papéis brancos para aumentar sua alvura. A capacidade que essas substâncias têm de emitir luz visível quando expostas ao UV (inclusive o da luz solar), faz com que o papel pareça ainda mais branco. Antiespumantes são usados para evitar a formação de bolhas na massa do papel. O processo de fabricação do papel inclui o refinamento das fibras para aumentar sua capacidade de ligação com outras fibras e constituintes do papel. Aditivos como adesivos, corantes, branqueadores ópticos e antiespumantes são misturados às fibras antes ou depois do refinamento. Qual é a função dos adesivos ou selantes no processo de produção de papel?

a) Incrementar a aderência entre as fibras celulósicas e reter as cargas (fillers).
b) Dar volume ao papel e conferir lisura, brilho e opacidade.
c) Produzir papéis coloridos.
d) Aumentar a alvura dos papéis brancos.

Detalhe de uma região vista com luz rasante Certificados de registro e licenciamento de veículo (crlv) Possuem elementos de segurança semelhantes aos das cédulas de identidade, mas como não são plastificados, sua análise é mais fácil e segura. Assim como as CIs, os Documentoscopia Básica ESPC 53 Modelo de CNH, vista sob luz visível incidente (esquerda), luz diascópica d’água de três tonalidades, e as impressões ofsete fluorescentes. O documento não pode ser plastificado, para que não haja empecilhos na verificação da calcografia, mas é aplicado um polímero plástico sobre o papel, níveis na imagem mais à Detalhe de uma região vista com luz rasante s aos das cédulas de identidade, mas como não são plastificados, sua análise é mais fácil e segura. Assim como as CIs, os Documentoscopia Básica ESPC 54 CRLVs apresentam-se altamente variáveis entre os diversos Estados (inclusive em um mesmo Estado, de ano para ano). Imagem 55. Dois CRLV do mesmo estado e referentes ao mesmo veículo, mas de anos diferentes. Foram produzidos em gráficas diferentes e apresentam muitas variações entre si, inclusive na tonalidade das tintas empregadas Imagem 56. Os mesmos CRLVs, vistos com luz diascópica. Somente o da direita (2008) possui marca-d’água Imagem 57. Os mesmos CRLVs, vistos com luz UV Imagem 58. Ainda os mesmos CRLVs, Detalhes da região com o número de identificação do formulário. Em cima, a numeração produzida com impressora de mainframe (de cinta), com aspecto muito semelhante ao de uma datilografia. Embaixo, a numeração foi produzida com impressora matricial. As linhas paralelas (fundos especiais em ofsete) apresentam tonalidades diferentes Alterações em documentos Todas as fraudes documentais podem ser classificadas em duas modalidades: contrafações e alterações. As contrafações consistem na produção integral de um documento falso, com utilização de materiais comuns, geralmente adquiridos no comércio normal, como papel branco, impressoras caseiras, colas, resinas, etc. Documentoscopia Básica ESPC 56 As alterações são modificações feitas no conteúdo de documentos (inicialmente) autênticos. Geralmente as contrafações são mais facilmente identificadas, pois nesse caso, o documento falsificado tende a apresentar várias divergências em relação aos autênticos (papel, impressões, tintas, etc). Já as alterações podem ser sutis, especialmente em documentos constituídos de muitas folhas ou naqueles que costumam ser plastificados. Imagem 64. Contrafação de um documento de segurança, feita por meio de xerografia colorida (à esquerda). À direita, um documento similar autêntico. As alterações podem, didaticamente, ser classificadas em subtrativas, aditivas ou mistas. Alterações subtrativas: alguma informação é removida do documento. Ex.: obliteração, amputação, rasura e lavagem química. Alterações aditivas: inserem-se informações (acréscimo). Alterações mistas: nestes casos, ocorrem as duas situações anteriores (recobertura e substituição). Imagem 65. Exemplos de obliterações, feitas com caneta sobre impressos com tôner (esquerda). Com o uso de filtros e sensores adaptados para o infravermelho, pôde- se eliminar a interferência das tintas de caneta, expondo os impressos originais. Esse efeito foi possível porque as tintas obliterantes são transparentes ao infravermelho enquanto que o tôner é opaco. lta de estímulos cerebrais que determinam movimentos e estes criam as formas gráficas. Muito embora os cérebros de todos sejam anatomicamente iguais, a sua função varia de pessoa para pessoa. O grafismo é individual e inconfundível Documentoscopia Básica ESPC 58 Inicial A escrita é resultante de estímulos cerebrais que determinam a criação de fórmulas alfabéticas. Os estímulos são particulares a cada punho e, por isso, também o são os movimentos. As formas alfabéticas variam de tipo para tipo. Nessas condições o que interessa ao profissional é a movimentação do punho e não a forma gráfica. Leis do grafismo São quatro as leis do grafismo ditadas por Solange Pellat: Primeira O cérebro influencia de forma imediata no gesto gráfico. Sua manifestação não é modificada pelo órgão escritor, se este estiver funcionando normalmente e estiver suficientemente adaptado à sua função. O órgão escritor (o braço, punho e mão) é mero instrumento para a expressão do gesto gráfico. É nessa fase de aprendizado que o sistema somático do órgão escritor é ensinado a realizar os movimentos que criam as formas, movimentos, formas estas que ficam estereotipadas no subconsciente e se manifestam inconscientemente, quando for desejo do homem o consciente determina a execução do gesto. O ato gráfico é tão dependente imediatamente do cérebro, que embora a parte somática do órgão escritor esteja funcionando normalmente e adaptado à função, se ocorrer uma lesão no centro cerebral da escrita o homem ficará impedido de realizar o gesto. Segunda Quando alguém escreve, seu "eu" está em ação, mas o sentimento quase inconsciente dessa ação passa por alternativas de intensidade entre o máximo, onde existe um esforço a fazer, isto é nos inícios, e o mínimo, quando este movimento segue o impulso adquirido, isto é, nas extremidades. Assim o máximo de intensidade se refere à ação do consciente e, o mínimo, à expressão do subconsciente. Terceira As leis da escrita independem dos alfabetos utilizados Documentoscopia Básica ESPC 59 A escrita habitual não poderá ser modificada voluntariamente num determinado momento senão pela introdução, em seus traços, do esforço dispensado para obter essa modificação. Como a escrita é produto do subconsciente, não pode ser controlada pelo consciente. Quando o escritor procura, conscientemente, alterar a sua escrita, provocará um conflito entre as duas mentes, e esse conflito deixará no registro a marca dessa luta, seja num pequeno desvio do traço, seja numa hesitação, uma parada anormal do instrumento escrevente ou uma trêmulo. A escrita é um hábito do subconsciente e a mudança de um hábito é muito difícil. Quarta Quando o ato de escrever é realizado em circunstâncias desfavoráveis ao escritor, ele registra, inconscientemente, as formas que lhe forem mais favoráveis e fáceis de ser executadas. É a lei do mínimo esforço, que pode ocorrer em qualquer outro gesto do homem. É um recurso ditado pelo subconsciente. Em outras palavras, a lei se refere à simplicidade do gesto gráfico, forçada por circunstâncias alheias à vontade do escritor, para realizar o ato. Formação do traço O traço resulta da atuação de duas forças: Vertical; Lateral. A força vertical pressiona o instrumento escrevente, e a lateral, o movimento no suporte. A reunião de traços forma o traçado. O traçado, portanto, é o registro do traço em movimento, formando um lançamento gráfico. A pressão é exercida no instrumento pelos escritores, podendo ser classificada em: forte; média; fraca. Documentoscopia Básica ESPC 60 A pressão forte, quando resulta na sulcagem, baixo relevo deixado pelo instrumento escrevente no papel. Quando o uso da pena e tinta era costumeiro, os traços fortes resultaram traços grossos, e os fracos, em traços finos. Atualmente, com o uso da caneta esferográfica, não mais se têm traços grossos ou finos, que são determinados pelo diâmetro da própria esfera. As sulcagens deixadas pelos traços feitos com esferográficas nem sempre indicam uma pressão forte, de punho pesado. Às vezes é aquela pressão que a esfera exige para rolar no soquete, se embebedar do material corante e depositá-lo no papel, mesmo quando o escritor tiver punho leve. O estudo da progressão permite a estimativa da velocidade do traçado. Sob este aspecto, as escritas podem ser: rápidas; ou morosas. As escritas rápidas, além de indicar habilidade de punho, já adestrado no manuseio do instrumento escrevente, revela espontaneidade do lançamento. Via de regra, as escritas automatizadas são rápidas, e as primárias morosas. Moroso é também o traçado dos lançamentos nas falsificações.

Documentos de papel são produzidos com papéis de segurança, que apresentam algumas diferenças em relação aos papéis comerciais comuns. As diferenças começam com o tipo de matéria-prima empregada. Enquanto os papéis comuns são produzidos a partir de eucalipto ou pinus – que possuem fibras celulósicas relativamente curtas, as quais proporcionam menor resistência, mas maior lisura, e com menor custo –, os papéis de segurança contêm fibras de linho e/ou de algodão – mais longas –, daí sua maior resistência e durabilidade, mas também sua maior aspereza. Outra diferença de grande importância e facilmente observável é a ausência de substâncias branqueadoras no papel de segurança, presentes na maioria dos papéis comerciais. Essas substâncias emitem luz branco-azulada quando expostas a radiação U.V. (não apenas proveniente de lâmpadas, mas também do próprio sol), tornando o papel mais branco e brilhante. Além disso, os papéis comuns possuem vários aditivos que não são encontrados nos de segurança, como o amido – usado como um selante de superfície – que reage com o iodo, produzindo uma mancha escura (esse é o princípio de funcionamento das canetas de identificação de dinheiro falso). São também elementos incorporados ao suporte: Marcas-d’água São imagens que se tornam visíveis apenas quando se observa o documento contra a luz. As imagens das marcas-d’água são produzidas por diferenças na densidade cias. Existem dois momentos distintos em que elas podem ser produzidas. O primeiro é quando a folha vai começar a ser formada, e o papel ainda é uma massa disforme, conduzida por uma forma (molde) que irá direcionar as fibras durante sua decantação, gerando diferentes densidades de distribuição. Esse tipo de marca-d’água é o mais bem elaborado, e o que apresenta maior segurança e melhor aparência estética, porém relativamente caro. Um exemplo são as efígies existentes nas cédulas de real, de todos os valores. O segundo momento em que a marca-d’água pode ser criada é quando a folha de papel já está parcialmente formada, necessitando apenas de eliminação de água para sua conclusão. Nesse processo, um molde irá deslocar as fibras do papel de determinadas regiões para outras, também gerando diferenças de opacidade. No entanto, podem ser obtidos no máximo três tons distintos: igual ao do papel, mais claro ou mais escuro. Sua produção é menos dispendiosa, porém não proporcionam a mesma segurança que as multitonais. Um exemplo é o número “20” na marca-d’água das cédulas de vinte reais. Fibras coloridas São pequenas fibras sintéticas, normalmente azuis, vermelhas ou verdes, visíveis a olho nu, adicionadas à massa do papel durante sua fabricação, o que lhes proporciona uma distribuição totalmente aleatória. Podem localizar-se na superfície do papel, totalmente em seu interior, ou estar apenas parcialmente imersas. Fibras luminescentes Diferenciam-se das coloridas apenas por fluorescerem sob luz U.V., com emissão de luz branca ou em cores. Sob luz visível, podem ser coloridas ou incolores. Fio de segurança É uma faixa plástica ou metálica inserida na massa do papel, durante sua fabricação. Os fios de segurança podem ser magnetizados, conter textos e apresentar fluorescência, permitindo também codificações para posterior leitura e reconhecimento de sua autenticidade. Podem estar inteiramente imersos no papel ou apenas parcialmente (fios janelados). Hi-lites São pequenas cápsulas com uma substância fluorescente em seu interior, que são adicionadas à massa do papel durante sua fabricação. Podem ser visíveis a olho nu, mudando de cor sob UV, ou visíveis apenas sob iluminação ultravioleta. Conferem um bom índice de segurança, já que seu efeito de fluorescência não pode ser reproduzido com fotocopiadoras, escâneres, ou mesmo com tintas fluorescentes. A sua distribuição no papel é homogênea, o que dificulta adulterações. Como estão incorporados ao papel, são visíveis de ambos os lados do documento. impressos em ofsete Embora o sistema de impressão ofsete seco ainda tenha seu uso bastante restrito, ele não é, por si só, uma impressão de segurança como a calcografia. No entanto, existem algumas técnicas que possibilitam criar elementos de segurança bastante eficientes com esse tipo de impressão. Registro coincidente É o perfeito alinhamento entre as impressões do anverso e do reverso do documento. Devido às características do ofsete, isto só se obtém com impressão ofsete a seco, em máquinas que permitem imprimir os dois lados simultaneamente. Nenhum outro sistema de impressão possibilita esse alinhamento. Normalmente esse elemento é representado por meio de figuras parcialmente impressas em ambos os lados do documento, de maneira que, quando vistas contra a luz, complementam-se perfeitamente (see-through). O registro coincidente é muito utilizado em papéis-moeda, cheques e vários outros tipos de documentos de segurança. Microtextos Também conhecidos como microletras, consistem em minúsculos caracteres impressos em um documento, com dimensões em torno de 0,15 mm. Microtextos são muito usados em papéis-moeda e cheques bancários, onde são impressos de maneira a parecerem uma linha quando vistos a olho nu. Fotocopiadoras e impressoras jato de tinta não são capazes de produzir imagens com esse nível de detalhamento, e uma inspeção com lupa de pequeno aumento já é suficiente para perceber a diferença. Nas falsificações feitas com ofsete, no entanto, não é incomum os microtextos serem satisfatoriamente reproduzidos. Existem textos menores ainda, na faixa de centésimos de milímetro, os nanotextos. No entanto, estes estão além da capacidade do ofsete, e exigem sistemas especiais de impressão. São encontrados na banda holográfica da cédula de 20 reais, dentro dos microtextos. Fundos especiais Consistem em um padrão de linhas paralelas, retas e curvas, que mudam continuamente de direção. Sua função é dificultar a reprodução do documento por meios digitais – com uso de escâner e impressoras domésticas. Poucos sistemas de impressão além do ofsete são capazes de imprimir detalhes com a resolução necessária para produzir esses padrões. Efeito íris Consiste em variar gradativamente a tonalidade de uma linha impressa, partindo de uma determinada cor, até formar outra cor totalmente distinta, sem que se consiga identificar nenhum limite entre elas (isto é, onde termina uma cor e começa a outra). Esse efeito é facilmente obtido com reticulação das linhas, mas neste caso o aspecto pontilhado pode ser percebido com uma simples lupa (essa é uma das razões porque documentos de segurança são impressos a traço). Impressos por calcografia A calcografia em si é uma impressão de segurança. No entanto, como elemento de primeiro nível (para pessoas comuns) ela oferece apenas o alto relevo – reconhecido pelo tato – e a alta qualidade das imagens – fator subjetivo, que tende a perder eficiência com o desgaste do documento. Por essa razão, são usadas algumas técnicas para aproveitar toda a potencialidade desse sistema de impressão, gerando elementos de segurança de alta qualidade, especialmente para o público em geral. Imagem latente É uma imagem perceptível apenas quando se observa o documento em um ângulo inclinado e contra uma luz forte. É usado em quase todos os documentos que possuem impressão calcográfica. Apesar de pouco conhecido, é um excelente elemento de segurança de primeiro nível no papel-moeda brasileiro.