Em seu texto, João Guimarães Rosa lança mão de recursos linguísticos diversos, incluindo o emprego de estruturas típicas da fala popular. Considerando essa informação, é correto afirmar que, em “Mas, para o sentir de Miguilim, mais primeiro havia a Pingo-de-Ouro” (L. 1-2), as palavras “mas” e “mais” são
(A) conjunção adversativa em ambos os casos; o primeiro registro corresponde à escrita correta da palavra, enquanto o segundo evidencia como ela é pronunciada oralmente.
(B) advérbio de intensidade em ambos os casos; o primeiro registro corresponde à escrita correta da palavra, enquanto o segundo evidencia como ela é pronunciada oralmente.
(C) conjunção adversativa e advérbio de intensidade, respectivamente; “mas” introduz o contraste entre a importância de Pingo-de-Ouro e a dos demais cachorros, e “mais” realça o carinho de Miguilim pela cachorra.
(D) advérbio de intensidade e conjunção adversativa, respectivamente; “mas” intensifica a importância de Pingo-de-Ouro para Miguilim em detrimento dos demais cachorros, e “mais” introduz ideia de oposição à oração anterior.
(E) adjetivo e conjunção adversativa, respectivamente; ambos os registros evidenciam como as palavras são pronunciadas, sem conformidade ortográfica, e “mas” qualifica os diversos cachorros, enquanto “mais” introduz a ideia de oposição entre eles e Pingo-de-Ouro.