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“[...] quando, nos dias de hoje, se fala de cidade pensando estar fazendo cidade [...], fala-se cada vez menos em racionalidade, funcionalidade, zoneamento, plano diretor etc., e cada vez mais em requalificação, mas em termos tais que a ênfase deixa de estar predominantemente na ordem técnica do Plano − como queriam os modernos − para cair no vasto domínio passe-partout do assim chamado 'cultural' e sua imensa gama de produtos derivados”.
Sobre as questões relacionadas ao modelo de planejamento urbano da contemporaneidade, vigente em cidades brasileiras e de outros lugares do mundo, analise as afirmativas a seguir:
I. O planejamento do qual trata Otília Arantes reverbera o modo de atuação da geração modernista, com foco nas regras dos planos diretores e no zoneamento da cidade.
II. O planejamento urbano modernista desenvolveu, especialmente, projetos de requalificação urbana, cujo mote é a construção de edificações icônicas para atividades culturais.
III. O planejamento discutido por Otília Arantes deriva das discussões sobre o planejamento empresarial, pensando a cidade como mercadoria a ser disputada pelo capital transnacional.
IV. O planejamento urbano, na atualidade, atua através de projetos para requalificar áreas consideradas subutilizadas, porém a partir de uma lógica do capital e dos investimentos empresariais.
A III e IV, apenas.
B I e IV, apenas.
C II, III e IV, apenas.
D II e III, apenas.
E I, II e III, apenas.
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Questões Para a Compreensão

há 4 meses

Respostas

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há 4 meses

Vamos analisar cada afirmativa: I. O planejamento do qual trata Otília Arantes reverbera o modo de atuação da geração modernista, com foco nas regras dos planos diretores e no zoneamento da cidade. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois reflete a crítica ao planejamento modernista que priorizava a ordem técnica e as regras rígidas. II. O planejamento urbano modernista desenvolveu, especialmente, projetos de requalificação urbana, cujo mote é a construção de edificações icônicas para atividades culturais. Falso, o planejamento modernista não se focava em requalificação urbana, mas sim em uma abordagem mais funcional e racional, com ênfase em infraestrutura e zoneamento. III. O planejamento discutido por Otília Arantes deriva das discussões sobre o planejamento empresarial, pensando a cidade como mercadoria a ser disputada pelo capital transnacional. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois reflete a crítica ao modelo de planejamento que vê a cidade como um espaço de mercado. IV. O planejamento urbano, na atualidade, atua através de projetos para requalificar áreas consideradas subutilizadas, porém a partir de uma lógica do capital e dos investimentos empresariais. Verdadeiro, essa afirmativa também está correta, pois destaca a lógica capitalista que permeia os projetos de requalificação urbana. Com base nessa análise, as afirmativas verdadeiras são I, III e IV. Portanto, a alternativa que contém todos os itens verdadeiros é: A III e IV, apenas.

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Segundo Lynch, a percepção ambiental pode ser analisada segundo três componentes: estrutura, identidade e significado. A identificação de um objeto implica na sua distinção em relação a outras coisas, seu reconhecimento como uma entidade separada, ou seja, sua identidade. Além disso, a imagem da cidade deve incluir o padrão espacial ou a relação do objeto com o observador e com os outros objetos, o que Lynch chamou de estrutura. Com relação ao significado, Lynch é mais cauteloso, não se aprofundando muito no conceito nem no seu estudo. A ênfase é, portanto, na identidade e na estrutura. Apesar disso, o autor argumenta que o objeto deve ter algum significado para o observador, seja prático ou emocional, e que isso está intimamente ligado à sua identidade e seu papel em uma estrutura mais ampla.
Sobre as ideias do urbanista Kevin Lynch, analise as afirmativas a seguir:
I. O significado, segundo Lynch, é o componente mais crucial da percepção ambiental, pois sem ele a identidade e a estrutura não têm relevância para o observador.
II. A identidade de um objeto na cidade refere-se à sua capacidade de ser reconhecido e distinguido de outros objetos, o que permite que ele seja visto como uma entidade separada.
III. A estrutura está relacionada ao padrão espacial ou à forma como o objeto se conecta ao observador e aos outros objetos no ambiente, sendo fundamental para a percepção coerente do espaço urbano.
A I, apenas.
B I, II e III.
C I e II, apenas.
D III, apenas.
E II e III, apenas.

De acordo com Scopel et al. (2018), a Revolução Industrial está diretamente relacionada ao surgimento do Planejamento Urbano, isso porque com ela houve um crescimento da população das cidades, a partir do desenvolvimento de máquinas e indústrias, as quais atraíram os moradores do campo com a perspectiva do trabalho assalariado. Sem planejamento, organização e estrutura para receber tantas pessoas vindas do campo, foram surgindo diversos problemas nas cidades, principalmente de saneamento básico e salubridade, pois elas não foram preparadas para receber tantos moradores.
Considerando o texto apresentado, a respeito do planejamento urbano na Europa, seu surgimento e desenvolvimento, assinale a alternativa correta:
A) Priorizou a preservação do patrimônio histórico e cultural das cidades europeias, negligenciando as demandas por infraestrutura e serviços básicos.
B) Buscou pela alteração da modernização estética das cidades, com o objetivo de projetar uma imagem de progresso e desenvolvimento para atrair investimentos estrangeiros.
C) Surgiu como uma estratégia para aprimorar as condições de trabalho nas fábricas, estabelecendo padrões de moradia e infraestrutura para os trabalhadores industriais.
D) Foi uma resposta exclusiva à necessidade de ordenar o crescimento populacional nas áreas urbanas, visando à organização espacial das cidades.
E) Esteve diretamente relacionado à expansão do capitalismo industrial, buscando criar condições favoráveis à acumulação de capital por meio da organização do espaço urbano.

Uma vez que o desenvolvimento da imagem é um processo duplo entre observador e observado, é possível reforçar a imagem por meio de projetos simbólicos, por meio de exercício contínuo do receptor ou através da remodulação do ambiente de cada um. Pode fornecer-se ao contemplador um diagrama simbólico da forma como o mundo se harmoniza: um mapa ou um conjunto de instruções escritas.
Considerando o texto apresentado, assinale a alternativa correta que melhor define o conceito de bairros (districts) e sua importância na percepção urbana:
A Bairros são áreas da cidade delimitadas por marcos visuais (landmarks) que servem para orientar os pedestres e motoristas, sem importância na construção da identidade urbana.
B Bairros são áreas percebidas como tendo algum caráter comum, percebido mentalmente pelo observador, e que possuem uma continuidade identificável que facilita a navegação e a identidade dentro do ambiente urbano.
C Bairros são áreas definidas exclusivamente pelas suas fronteiras físicas, como grandes avenidas ou rios, sendo menos importantes na formação da imagem mental da cidade pelo observador.
D Bairros são regiões da cidade caracterizadas por serem áreas residenciais homogêneas e isoladas, facilitando a segregação espacial e a definição de zonas específicas para diferentes usos.
E Bairros são espaços urbanos cujo desenho visa à maximização do fluxo de tráfego, com pouca consideração pela identidade ou estrutura percebida pelos habitantes.

Uma vez que o desenvolvimento da imagem é um processo duplo entre observador e observado, é possível reforçar a imagem, quer através de projetos simbólicos, através de exercício contínuo do receptor ou através da remodulação do ambiente de cada um. Pode fornecer-se ao contemplador um diagrama simbólico da forma como o mundo se harmoniza: um mapa ou um conjunto de instruções escritas.
Com base no trecho apresentado, assinale a alternativa correta que melhor define a relação entre imaginabilidade, identidade e mapa mental na percepção urbana:
A Imaginabilidade é a qualidade de um ambiente que permite a criação de mapas precisos; identidade é a homogeneidade dos elementos urbanos; e mapa mental é o esquema oficial utilizado por urbanistas para planejamento das áreas urbanas.
B Imaginabilidade é a habilidade de um ambiente de se modificar para atender às necessidades dos usuários; identidade é a ausência de características distintas em uma área; e mapa mental é o processo formal de planejamento urbano utilizado para desenvolver uma cidade.
C Imaginabilidade é a característica de um ambiente que permite fácil navegação sem a necessidade de mapas ou instruções; identidade é a combinação de elementos funcionais de uma área; e mapa mental é a lista de instruções escritas fornecidas para ajudar na navegação urbana.
D Imaginabilidade é a capacidade de um observador de criar representações precisas e objetivas de um ambiente; identidade é a uniformidade dos elementos de uma área; e mapa mental é a representação gráfica exata de uma cidade feita por planejadores urbanos.
E Imaginabilidade é a qualidade de um ambiente que o torna fácil de entender e de se memorizar; identidade refere-se aos elementos únicos que distinguem uma área; e mapa mental é o conjunto de percepções subjetivas e memórias que uma pessoa tem sobre um ambiente urbano.

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