A lei de tóxicos, por exemplo, apenas descreve condutas a serem consideradas típicas do tráfico e consumo de entorpecentes, o que impõe a ela a aplicação dos institutos previstos na parte geral do Código Penal.
O artigo é breve mais um pouco difícil de entender
Primeiro o artigo 12 do CP diz: Legislação especial Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
Existe uma regra que diz que a lei especial prevalece sobre a lei geral (PRINCÍPIO DA Especialidade). Portanto, digamos que temos uma regra no código penal que homicidio culposo é pena de 02 a 06 anos, porém nos crimes de transito temos esse mesmo homicidio com 02 a 04 anos.
A lei nos crimes de transito por sei uma lei especial vai prevalecer sobre a lei geral, no caso do homicidio do Codigo penal. Por isso que o artigo diz: "as regras gerais deste código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso" leia-se: Se a lei especial não dispor de modo diverso ( ou seja, em conflito com a norma do codigo penal, senão vai aplicar esta porque é especial), as normas do codigo penal (regras gerais) irão ser aplicadas normalmente. Por exemplo latrocínio, roubo seguido de morte, quando alguem o faz no trânsito envolvendo roubo de veiculo, não temos isso tipificado nas leis de transito, logo aplica-se o codigo penal.
Espero que tenha entendido, se ainda tiver duvidas fique a vontade para perguntar, não esqueça de aprovar a resposta. Boa Sorte!
Concordo com as respostas acima. Chamo atenção aos detalhes no texto. Vejamos:
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
A chave da questão está no termo "se esta", pois este termo se refere à lei especial e nos obriga a entender que se houver determinação diferente prevalece a lei especial.
O caso concreto vai determinar o que deve ser aplicado, por exemplo, vamos imaginar a conduta de um cidadão na condução do seu veículo. Vejamos:
Hipótese
O condutor trafega com seu veículo quando repentinamente atropela um cidadão, vindo a óbito.
Pergunta-se: Se houve a intenção de matar seria considerado crime de trânsito?
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