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Pergunta: Renata movia uma execução em face de Daniel. Na referida execução, buscava-se a satisfação de um crédito no valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil Reais). Com muito esforço e diligência da exequente, foi penhorado um imóvel do devedor, no valor de R$ 250.000,00 e, assim que a penhora foi formalizada, a exequente, exímia conhecedora das disposições e artigos contidos no CPC, promoveu a averbação do ato constritivo no registro do bem penhorado. Enquanto se aguardava a prática dos atos processuais necessários a satisfação do crédito, o devedor promoveu a alienação do bem penhorado. O terceiro adquirente peticionou nos autos da execução, solicitando o cancelamento da penhora, pois alegava que estava de boa-fé. Neste caso, analise a conduta do devedor e do terceiro e, de forma fundamentada, aponte possíveis consequências prevista nos Código de Processo Civil.
Resposta: Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
Art. 792 : § 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.
a Exequente, além de obter êxito na penhora do imóvel do Executado, promoveu a averbação do ato constritivo no registro de bens. 
O devedor cometera fraude à execução, tendo em vista que o devedor promoveu a alienação do bem penhorado, atentando à dignidade da justiça.
haverá a anulação da alienação do bem, podendo o terceiro regressar com ação cível contra o proprietário do imóvel
Súmula 375 STJ - O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente. Data de Publicação - DJe 30-3-2009
Demonstrado a fraude a execução, devendo a alienação do imóvel ser declarada nula para todos os fins.
Pergunta: Marcela Morgado ajuizou uma de cobrança em face da União, na qual pleiteava a quantia de R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais). Transcorridas todas as etapas processuais, o pedido de autora foi julgado parcialmente procedente, tendo a ré sido condenada ao pagamento da quantia de R$ 600.000,00 (seiscentos mil Reais). Transitada em julgado e iniciada a fase de cumprimento de sentença, a executada foi intimada e, dentro do prazo legal apresentou impugnação, onde afirmava ser devedora apenas da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil Reais) e não de R$ 600.000,00 (seiscentos mil Reais). Diante de tal situação, Marcela requereu a expedição de RPV em relação ao valor incontroverso, enquanto aguardava o julgamento da impugnação apresentada. Neste caso, responda, de forma fundamentada: a) Marcela já poderia requerer a expedição de RPV? b) Como (de que forma) se daria o pagamento do débito restante?
Resposta: não é necessário que se aguarde o transito em julgado da impugnação ao cumprimento de sentença para que sejam expedidos precatórios ou RPV dos valores incontroversos, entendimento do STF:
“Na execução contra a Fazenda Pública, a expedição de precatório referente à parte incontroversa dos valores devidos não afronta a Constituição da República. (STF – RE AgR 504128 – PR – 1ª T. Relª Min. Cármen Lúcia – J. 23.10.2007).
Então, poderá solicitar expedição da Requisição de Pequeno Valor (RPV) por ser tratar de valor incontroverso
 Em relação ao restante do valor, se confirmado, deverá ser expedido por Precatório.
Pergunta: No Código de Processo Civil Vigente, em relação ao cumprimento de sentença e processo autônomo de execução, vigora o princípio da “tipicidade dos meios executivos”. A afirmação que acaba de ser feita está correta? Fundamente sua resposta, informando também se existem limites para o princípio vigente no CPC.
Resposta: A tipicidade significa que todos os atos executivos estão previstos na lei processual, daí a necessidade de escolha dos atos adequados conforme a previsão normativa.
esse principio deve ser analisado em cada caso, e haverá situações em que irá surgir casos em que sejam adotados meios não previstos previamente em lei, mas que não fujam da proporcionalidade das medidas adotadas. 
levando em consideração que o CPC dispôs separadamente a espécie de execução de acordo com a natureza da prestação.
Pergunta: Maria Gonçalves e José Gonçalves formam uma dupla sertaneja de renome e também são compositores com canções gravadas nas vozes de inúmeros artistas também famosos. Ao acessarem plataforma de streaming de música “Escute Bem Ltda”, perceberam que inúmeras músicas de sua autoria, haviam sido incluídas, sem a devida autorização. Por tal motivo, propuseram uma ação de indenização em face da empresa referida. Ao julgar a referida ação, o MM Juízo da 12ª Vara Cível da capital, julgou procedentes todos os pedidos formulados, condenando a ré: a) ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil Reais) para cada autor e b) ao pagamento de uma indenização, que deveria ser calculada com base na quantidade de downloads das músicas indevidamente incluídas na plataforma. Tal decisão transitou em julgado, sem que a ré cumprisse a condenação imposta. Neste caso, os autores já podem iniciar a fase de cumprimento de sentença, exigindo o cumprimento das obrigações impostas à ré?
Resposta: Na alternativa da indenização no valor de R$ 100.000,00 para cada, pode ser feito o cumprimento da sentença, pois a sentença e a obrigação já está em quantia líquida, certa e exigível. Mas quanto a indenização baseada na quantidade de downloads, deverá ainda acontecer a liquidação da sentença, portanto, não restaria um valor certo, sendo assim, não caberá ainda a fase de cumprimento da sentença por completo, devendo essa ser parcialmente realizada.
Pergunta: Em uma faculdade de Direito, um professor da disciplina “Cumprimento de Sentença e Execução de Títulos Extrajudiciais” formulou, em sala de aula, uma série de afirmações, que fez com que os alunos pusessem em dúvida a capacidade técnica do docente, bem o domínio que ele possuía sobre a disciplina lecionada. Analise as afirmações abaixo transcritas, formuladas pelo professor hipotético, e aponte quais estão erradas, justificando sua reposta em cada uma das afirmativas porventura apontadas como incorretas. a) No atual CPC, a execução de título executivo judicial é denominada de cumprimento de sentença. b) Para início da fase de cumprimento de sentença de obrigação alimentar, é preciso que o devedor esteja inadimplente com, no mínimo, 03 (três) parcelas/prestações c) a sentença arbitral, apesar de não ser proferida por um órgão jurisdicional, é título executivo judicial; d) No cumprimento de sentença de obrigação de pagar quantia certa contra a Fazenda Pública, esta última é intimada para pagar o débito, no prazo de 30 dias, sob pena de expedição de precatório ou de RPV. e) O cumprimento de sentença ocorrerá sempre nos mesmos autos em que produzido o título executivo judicial f) Em um cumprimento de sentença de obrigação garantia por fiança, é possível incluir o fiador, ainda que este não tenha participado da fase de conhecimento.
Resposta: B- ERRADA. não há um mínimo de inadimplência de parcelas para a propositura do cumprimento de sentença. Essas três serão contabilizadas em se tratando do procedimento de prisão.
D – ERRADA. o que será 30 dias é o prazo para, querendo, impugnar a execução.
E- ERRADA. a regra é que os títulos serão executados no mesmo processo, mas existem situação em que será em outro processo, conforme disciplinado no Art 515 do CPC, inciso VI ao IX.
F- ERRADA . Conforme a sumula numero 268 do STJ, o fiador que não fez parte da relação processual na ação de despejo não responde pela execução do julgado.
Súmula 268 STJ - O FIADOR QUE NÃO INTEGROU A RELAÇÃO PROCESSUAL NA AÇÃO DE DESPEJO NÃO RESPONDE PELA EXECUÇÃO DO JULGADO.
Pergunta: Marcio Mascarenhas é devedor de obrigação alimentar, que foi fixada nos autos do processode nº 00002-23.2018.00.0.0001, em favor de Mariana Mascarenhas. Tal obrigação possui o valor de R$ 1.500,00, com vencimento no dia 05 de cada mês. Desde o mês de junho do ano de 2019, Marcio não vem honrado sua obrigação. Mariana, por sua vez, em razão do laço afetivo existente com o devedor, aguardou, pacientemente, o cumprimento de tal obrigação, até que, no mês de dezembro do ano de 2019, resolveu requerer o cumprimento de sentença. Intimado no mês de janeiro do ano de 2020, Marcio não promoveu o pagamento, tampouco justificou a impossibilidade de honrar o débito, razão pela qual o juízo competente decretou a prisão do devedor que, de tanto se esquivar, apenas foi preso no dia 06 de março daquele mesmo ano. Ao entrar em contato com seu advogado, Marcio foi informado que teria que efetuar o pagamento de todas as parcelas vencidas, caso quisesse deixar a prisão imediatamente; do contrário, ficaria preso por 04 (quatro) meses, findos os quais continuaria a responder pela obrigação não adimplida, correndo o risco de perder seu patrimônio e ter seu nome negativado junto ao órgão de proteção de crédito. A orientação prestada pelo advogado foi correta? Fundamente sua reposta.
Resposta: Marcio recebeu duas informações erradas de seu advogado;
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

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