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Tendo em vista esse contexto, observe a situação hipotética abaixo.
Irineu e Matias estão numa disputa judicial pela propriedade de um terreno rural. Irineu é o atual possuidor e tutor da ação que se refere à propriedade herdada do seu tataravô. Ao proferir a sentença, o julgador analisou a questão exposta, fundamentando sua decisão na jurisprudência para fins de análise de propriedade de terras públicas e no princípio da função social da propriedade. Julgou a demanda procedente e concedeu a propriedade para Matias a partir do segundo mês seguinte. Não houve decisão quanto à eventual indenização.
Considerando as informações apresentadas e algumas hipóteses ensejadoras de embargos de declaração contra a decisão proferida no caso de Irineu e Matias, avalie os itens a seguir.
I. A procedência da ação é hipótese que justifica a interposição de embargos para correção de erro material, uma vez que o autor da demanda (Irineu) é perdedor da ação.
II. Houve contradição na fundamentação com base em terras públicas para definir causa atinente a terras particulares, o que justifica os embargos de declaração para esclarecimento.
III. O julgador foi omisso ao deixar de determinar o valor da indenização devida por Matias (o vencedor da disputa judicial) para Irineu (o atual proprietário), o que fundamenta a interposição de embargos declaratórios.
Está correto o que se afirma em
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há 3 meses

Respostas

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há 3 meses

Vamos analisar cada um dos itens apresentados: I. A procedência da ação é hipótese que justifica a interposição de embargos para correção de erro material, uma vez que o autor da demanda (Irineu) é perdedor da ação. Falso. A procedência da ação não é um erro material, mas sim uma decisão que pode ser contestada por outros motivos, como contradição ou omissão. II. Houve contradição na fundamentação com base em terras públicas para definir causa atinente a terras particulares, o que justifica os embargos de declaração para esclarecimento. Verdadeiro. Se a fundamentação do juiz se baseou em jurisprudência sobre terras públicas para decidir sobre terras particulares, isso pode ser considerado uma contradição, justificando embargos de declaração. III. O julgador foi omisso ao deixar de determinar o valor da indenização devida por Matias (o vencedor da disputa judicial) para Irineu (o atual proprietário), o que fundamenta a interposição de embargos declaratórios. Verdadeiro. A omissão em relação à indenização é um motivo legítimo para a interposição de embargos de declaração, pois o juiz não se manifestou sobre um ponto relevante da demanda. Com base na análise, os itens II e III estão corretos. Portanto, a alternativa que contém todos os itens verdadeiros é: está correto o que se afirma em II e III.

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Diante do exposto, analise a seguinte situação.
Carla cumpre pena em regime semiaberto e interpôs, ao Tribunal de Justiça, Agravo em Execução contra decisão que indeferiu a remição de sua pena em razão do estudo escolar (art. 126 da Lei de Execução Penal). O pedido do agravo limitou-se à nova análise dos requisitos para a concessão da remição. Em contrarrazões, o Ministério Público emitiu parecer favorável pelo pedido da agravante, concordando com a remição. Os desembargadores responsáveis pelo julgamento estudaram todos os documentos que foram anexados no agravo e decidiram por seu parcial deferimento para conceder a remição pelos dias de estudo e para determinar que Carla regredisse ao regime fechado, porque encontraram nos autos do agravo provas do cometimento de falta grave pela agravante (praticar fato definido como crime doloso ou falta grave). Não havia, ainda, julgamento definitivo, por parte do juiz da execução da pena, sentença em relação à suposta falta grave.
Considerando o texto base e o caso prático, assinale a alternativa correta em relação aos conceitos do recurso de agravo em execução.
A) Mesmo o Ministério Público não tendo recorrido, é possível que Carla tenha sua condição, em recurso, piorada devido ao princípio da reforma em prejuízo do réu.
B) Nada impede que, mesmo que ainda não tenha havido o julgamento da falta grave de Carla, essa falta prejudique a regressão de regime.
C) Carla não poderia ter interposto seu agravo em execução ao tribunal de justiça, devendo ter levado seu recurso direto ao Superior Tribunal de Justiça.
D) O cometimento de falta grave não é impeditivo para a concessão de progressão de regime, devendo esse evento ser apurado em separado.
E) O tribunal inobservou o princípio da inércia judicial ao decidir sobre matéria que não era objeto do recurso interposto por Carla.

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