A transição da exclusão para a inclusão das pessoas com deficiência representa uma mudança profunda nos paradigmas sociais e educacionais. Durante muito tempo, essas pessoas foram segregadas, vistas como "problemas individuais", atendidas apenas por instituições específicas, excluídas da escola comum e dos espaços de convivência. A partir do modelo social da deficiência, consolidado em documentos como a Constituição Federal de 1988 e a Lei Brasileira de Inclusão (2015), a sociedade passou a entender que é seu dever adaptar-se à diversidade humana. A inclusão, nesse sentido, vai além da matrícula, requer acessibilidade, respeito às diferenças e quebra de barreiras físicas, atitudinais, comunicacionais e metodológicas. A escola contemporânea, por sua vez, deve reconhecer e valorizar as múltiplas formas de ser, aprender e conviver, considerando etnia, gênero, classe, deficiência, entre outros marcadores sociais. Esse processo exige mudanças estruturais, formações continuadas e políticas públicas eficazes, que garantam, de fato, a permanência com qualidade de todos os estudantes. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da