Logo Passei Direto
Buscar

Inglês

Outros
A COP 30, que poderia ser uma oportunidade para promover um desenvolvimento urbano mais equitativo e inclusivo, corre o risco de perpetuar desigualdades socioespaciais e reproduzir um modelo de urbanização subordinado aos interesses do capital e da estética.
Considerando o fragmento acima sobre os efeitos urbanos da COP 30 em Belém, qual das seguintes medidas traduz com maior fidelidade a proposta defensiva para minimizar os impactos excludentes e assegurar um legado urbano inclusivo?
Concentrar os recursos no 'embelezamento' e requalificação de áreas centrais (praças, orla e centros históricos) para melhorar a imagem internacional da cidade, partindo do princípio de que os benefícios econômicos gerados se difundirão naturalmente para as periferias.
Redirecionar verbas públicas de saneamento e habitação para projetos turísticos e promocionais que incentivem o investimento imobiliário, sob a hipótese de que a valorização do espaço elevará a arrecadação e resolverá déficits sociais via mercado.
Privilegiar a execução rápida das obras por meio de concessões exclusivas a grandes investidores privados, já que a velocidade de entrega das infraestruturas é a prioridade para capitalizar a janela do megaevento.
Solucionar o déficit de hospedagem e infraestrutura temporária por meio de medidas emergenciais (cruzeiros-hotéis, vilas provisórias e expansão de Airbnb) como principal política pública, deixando decisões habitacionais permanentes para o setor privado.
Implementar políticas de reassentamento e compensação pautadas por indenizações justas, garantia de moradia popular em áreas com acesso a serviços básicos e participação efetiva das comunidades afetadas no processo de planejamento.
User badge image
Progresso com Exercícios

há 3 dias

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

há 3 dias

Para analisar as opções apresentadas, precisamos considerar qual delas realmente busca minimizar os impactos excludentes e assegurar um legado urbano inclusivo, conforme mencionado no fragmento sobre a COP 30. 1. Concentrar os recursos no 'embelezamento' e requalificação de áreas centrais - Essa abordagem tende a beneficiar apenas as áreas centrais, sem garantir que os benefícios cheguem às periferias, perpetuando desigualdades. 2. Redirecionar verbas públicas de saneamento e habitação para projetos turísticos - Essa opção prioriza o investimento imobiliário e pode agravar a situação das comunidades que já enfrentam déficits sociais, não promovendo inclusão. 3. Privilegiar a execução rápida das obras por meio de concessões a grandes investidores privados - Essa medida foca na velocidade e pode desconsiderar as necessidades das comunidades locais, não garantindo um legado inclusivo. 4. Solucionar o déficit de hospedagem e infraestrutura temporária por meio de medidas emergenciais - Essa abordagem é temporária e não resolve as questões habitacionais permanentes, deixando a responsabilidade para o setor privado. 5. Implementar políticas de reassentamento e compensação pautadas por indenizações justas - Esta opção busca garantir moradia popular, acesso a serviços básicos e a participação das comunidades no planejamento, promovendo um desenvolvimento mais equitativo e inclusivo. Diante dessa análise, a alternativa que traduz com maior fidelidade a proposta defensiva para minimizar os impactos excludentes e assegurar um legado urbano inclusivo é: Implementar políticas de reassentamento e compensação pautadas por indenizações justas, garantia de moradia popular em áreas com acesso a serviços básicos e participação efetiva das comunidades afetadas no processo de planejamento.

Essa resposta te ajudou?

0
Dislike0

Ainda com dúvidas?

Envie uma pergunta e tenha sua dúvida de estudo respondida!

Essa pergunta também está no material:

Mais perguntas desse material

Leia o texto a seguir: Em 2011, após grandes protestos populares, inicia-se uma guerra civil na Síria. O conflito continua ceifando vidas e provocando a barbárie até o presente momento. Ao menos 6,1 milhões de sírios tiveram de deixar suas casas para buscar abrigo em alguma outra parte do país, enquanto outros 5,6 milhões se refugiaram no exterior. Mesmo assim, aproximadamente, 400 mil pessoas já morreram em decorrência desta guerra. No ápice do conflito, os grupos armados que lutavam contra o governo de Bashar al-Assad, eram mais de mil, com os mais diversos matizes ideológicos: desde grupos fundamentalistas mulçumanos, como o Estado Islâmico, Frente Al Nusrah; curdos como o YPG, até grupos laicos, como o Exército Livre da Síria. Assim, somava-se uma profusão de subdivisões ideológicas, políticas e, inclusive, alianças dentro de alguns grupos. A guerra civil na Síria tornou-se área de interesses geopolíticos de países como França, Estados Unidos, Turquia, Rússia, Arábia Saudita e Irã, assim como palco de disputa dos países líderes dos muçulmanos xiitas e sunitas.
Considerando as informações, avalie as afirmacoes a seguir:
I. Um dos motivos que se explica a longa duração da guerra civil na Síria está relacionado ao financiamento de grupos que lutam no conflito, apoiados por países com uma ampla gama de interesses.
II. O mandatário sírio só não foi apeado do poder por causa do apoio dos Estados Unidos.
III. O Irã é o grande defensor da causa xiita.
IV. A Rússia tem interesse nas grandes reservas petrolíferas sauditas, por isso apoia militarmente a Arábia Saudita na guerra.
I, II e IV.
I e III.
I, II, III e IV.
II e III.
III e IV.

Leia o texto a seguir: “A Relatora Especial de pessoas defensoras de direitos humanos, Mary Lawlor, apresentou (...) informe de sua visita ao Brasil, realizada em abril de 2024. A Relatora Especial da ONU informa que as pessoas defensoras de direitos humanos enfrentam uma situação de risco generalizado no país, com ataques extremamente violentos, estando os grupos mais discriminados em maior perigo. (…) O relatório reforça que, mesmo que essa situação não seja nova, cabe à administração atual abordá-las. Para isso, elenca grupos que enfrentam riscos específicos: pessoas defensoras de direitos humanos engajadas em lutas pela terra, mulheres defensoras de direitos humanos, jornalistas e ativistas sociais e culturais. (…) As recomendações da Relatora Especial são variadas e dirigidas ao Governo Federal, governos dos estados visitados, Poder Judiciário e empresas. Em especial, elas se concentram em três áreas: 1. Priorizar a demarcação e titulação de terras indígenas e quilombolas. 2. Garantir o direito ao consentimento livre, prévio e informado em atividades empresariais, incluindo o direito de dizer “não”. 3. Melhorar o programa de proteção para defensoras e defensores de direitos humanos.”
Com base no texto-base acima, assinale a alternativa mais adequada:
O texto sugere que a proteção aos direitos humanos requer ação institucional múltipla: envolvimento de diferentes esferas de governo, Poder Judiciário e também ajustes normativos, como garantia de consentimento e políticas específicas para grupos vulneráveis.
De acordo com o relato da Relatora, bastam ajustes pontuais na legislação ou programas de proteção atuais para resolver os problemas, sem necessidade de abordagens de memória, justiça transicional ou reparação histórica.
A partir do informe da ONU, entende-se que os problemas enfrentados por defensoras e defensores de direitos humanos no Brasil são recentes e vinculados apenas a falhas de segurança pública, não tendo relação com políticas de Estado ou fenômenos estruturais.
O informe indica que, embora grupos discriminados estejam em maior risco, não há recomendação de políticas específicas dirigidas a populações indígenas ou quilombolas, visto que suas demandas são vistas como similares às de outros grupos vulneráveis.

Mais conteúdos dessa disciplina