A expressão propter rem significa “por causa da coisa”. Sua característica básica é que a relação obrigacional resulta da titularidade de um direito real. A obrigação de pagamento do imposto predial e territorial urbano (IPTU) e a cota condominial (art. 1.345 do Código Civil), quando você compra um apartamento, você adquire a obrigação de pagar as cotas condominiais que antes eram de quem você o comprou, são exemplos de obrigação propter. Já a obrigação natural permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação. Entretanto, se o devedor realizar o pagamento da obrigação, não terá o direito de requerê-la novamente, pois não cabe o pedido de restituição."Artigo 814 CC - As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito".
Obrigação natural é aquela estabelecida entre credor e devedor, com objeto que se constitui em dar, fazer ou não fazer em que se ligam por um liame subjetivo, chamado vínculo jurídico. Por meio desta obrigação, um sujeito (devedor) possui o dever de prestar obrigação a outro (credor).
Obrigação híbrida é aquela que conjuga características de direito real e de direito obrigacional, dentre as quais são trazidas as obrigações propter rem.
Obrigação propter rem
É a que recai sobre uma pessoa por força de determinado direito real. Existe sempre que o dever de prestar vincule quem for titular de determinada coisa (e.g. dever de pagar IPTU ou direito de vizinhança). Na obrigação propter rem, todavia, a substituição do titular passivo opera-se por via indireta, com a aquisição do direito sobre a coisa a que o dever de prestar se encontra ligado (e.g. o dever de pagar o IPTU recai sobre aquele que compra o imóvel). A obrigação é vinculada à coisa, passando para o titular da coisa.
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Direito Civil II
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