Em seu livro A Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant afirma duas categorias: o "ser" e o "dever ser".
O mundo do "ser" seria o das leis naturais. Aquela que decorrem da natureza. Para Kant, nada vale a vontade do homem na tentativa de modificá-las mediante formulação de leis racionais.
Já no mundo do "dever ser" os acontecimentos se passam segundo a vontade racional do homem. As ciências sociais, portanto, pertencem ao mundo do "dever ser", como a ética e o direito, por exemplo.
O mundo do "ser" seria o mundo natural, explicado pelas ciências naturais com base nas premissas de verdadeiro ou falso.
O "dever ser" diz respeito ao mundo das normas, enquanto atos de vontade que se dirigem intencionalmente aos individuos com o fito de adequar codutas. Este não se explica com base nas premissas verdadeiro ou falso, mas sim nas premissas válido ou inválido.
A ciência jurídica faz referência à maneira de se entender o Direito, que integra o mundo do "dever ser", por meio de método científico, isto é, como um conhecimento sistematizado em paradigmas, passível de observação, verificação e falseabilidade, com explanações fundamentadas em uma teoria científica.
O objeto da ciência jurídica é o conhecimento do direito. O jurista desenvolve o seu estudo em torno do conhecimento do direito. Sua função primordial é, portanto, o estudo do conhecimento do direito.
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