Como fazer esta defesa?

Em 01/01/2000, José, mediante violência, invadiu o terreno de seu confinante, Antônio, avançando a cerca que divide os dois imóveis, de modo a ocupar uma faixa de 2m do terreno deste, ao longo de toda a linha divisória.
Antônio perdoou José pelo esbulho praticado, tanto assim que aceitou o convite deste para batizar sua filha recém-nascida, o que se deu em 23/03/2000.
Em 01/06/2000, com o falecimento de José, a posse do aludido imóvel, incluindo a porção esbulhada, transmitiu-se a Francisco, seu sucessor a título singular (legatário).
Antônio, tendo tomado conhecimento do falecimento de José, no dia 07/06/2000, durante o período de repouso noturno, às escondidas, retornou a cerca à linha divisória, recuperando, assim, a porção de terreno que lhe fora esbulhada.
Francisco, de sua vez, ao descobrir a conduta de Antônio, contra este ajuizou ação de reintegração de posse, distribuída no dia 18/10/2000, com pedido de expedição de mandado liminar de reintegração, alegando ter sido esbulhado na sua posse, não sendo Antônio sequer possuídor.
Contestando a ação, Antônio alegou, preliminarmente, que Francisco não tem legitimidade para a causa, pois seu antecessor, José, não havia adquirido a posse da porção esbulhada, já que ainda não transcorreu ano e dia do primeiro esbulho, nem mesmo se se considerar a data do ajuizamento da ação, e, no mérito, que deveria ser mantido na posse da faixa de terreno recuperada, seja porque é o legítimo proprietário (apresentou prova de domínio), seja porque tem melhor posse que Francisco, pois este, inclusive, deveria ser considerado, na pior das hipóteses, possuidor de má-fé, por ter conhecimento da violência praticada por José, para obter a posse da coisa esbulhada.
Diante do exposto, como solucionar este caso, fundamentando à luz da interpretação sistemática do Direito Positivo Brasileiro, enfrentando o pedido do autor e a tese de defesa do autor? Ficarei mui grato com a colaboração dos nobres colega