A diferença é sutil, mas importante.
Denominam-se ônus reais, ou, mais tecnicamente falando, "obrigações de ônus reais" as obrigações que, uma vez contraídas, limitam o uso e/ou o gozo da propriedade sobre a coisa, o que se faz por meio de um gravame, o qual deverá ser averbado junto à matrícula do bem no cartório de registro competente.
Uma vez constituído o gravame, este será oponível erga omnes, isto é, a todos, e limita o uso e o gozo da propriedade, consistindo em um gravame. É o caso, por exemplo, do contrato de constituição de renda:
CC/02
Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra a uma prestação periódica, a título gratuito.
Art. 804. O contrato pode ser também a título oneroso, entregando-se bens móveis ou imóveis à pessoa que se obriga a satisfazer as prestações a favor do credor ou de terceiros.
Art. 805. Sendo o contrato a título oneroso, pode o credor, ao contratar, exigir que o rendeiro lhe preste garantia real, ou fidejussória.
De outro lado, as obrigaçoes de eficácia real são aquelas que, embora oponíveis erga omnes, não perdem o caráter de direito pessoal, sendo portanto obrigações transmissíveis.
A obrigação de eficácia real é aquela que, sem perder o seu caráter de direito pessoal, ou direito a uma prestação, ganha oponibilidade contra terceiros, que adquiram direitos sobre determinado bem, tendo em vista o seu registro. É o que tecnicamente chama-se de oponibilidade erga omnes. São obrigações que se transmitem.
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