Com a morte ocorre a extinção da capacidade e da personalidade jurídica da pessoa?
A personalidade se dá com o nascimento com vida, acompanhando o indivíduo durante toda a sua vida. E termina com o fim da existência da pessoa natural, ou seja, com a morte (art. 6º, CC).
Verificada a morte de uma pessoa, desaparecem, como regra, os direitos e as obrigações de natureza personalíssima (ex.: dissolução do vínculo matrimonial, relação de parentesco, etc.). Já os direitos não personalíssimos (em especial os de natureza patrimonial) são transmitidos aos seus sucessores.
A personalidade civil termina com a morte física, deixando o indivíduo de ser sujeito de direitos e obrigações.
A morte civil era a perda da personalidade em vida. A pessoa estava viva, mas era tratada como se estivesse morta. Geralmente era uma pena aplicada a pessoas condenadas criminalmente, em situações especiais.
Ocorre quando não se consegue provar que houve a morte real. O tema é tratado inicialmente pelos arts. 6º e 7º, CC.
São os principais efeitos do fim da personalidade:
Outro efeito de suma importância é a extinção da obrigação de prestar alimentos com o falecimento do credor. Observem que o credor é a pessoa que estava recebendo a pensão alimentícia; morrendo não faz mais jus ao benefício e este não se transmite a seus herdeiros.
No entanto, no caso de morte do devedor (que é a pessoa que paga a pensão alimentícia), os herdeiros deste assumirão a obrigação até as forças da herança. Trata-se de uma inovação do atual Código, tratada no Direito das Sucessões.
Art. 6º, CC/02 - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Em geral, a morte ocorre com a parada do sistema cardiorrespiratório, com a cessão das funções vitais. Tal aferição deve ser efetuada por médico, com base em seus conhecimentos clínicos, salvo em caso de falta de especialista.
A personalidade civil cessa com a morte da pessoa natural!
A morte é o momento no qual a personalidade se extingue. A morte deverá ser atestada por profissional de medicina, ressalvada a possibilidade de suas testemunhas o fazerem se faltar o especialista, sendo o fato levado a registro, nos termos dos arts. 77 e 78 da Lei no. 6.015/73 (Lei de Registros Públicos), cuja prova se faz através da certidão extraída do assento de óbito.
Não se admite no ordenamento pátrio a hipótese de morte civil ou qualquer outro modo de perda da personalidade sem vida. Todavia é possível cogitar de uma presunção de morte, conforme se depreende da leitura do art. 7º do CC. O referido dispositivo trata de duas hipóteses de morte presumida. A primeira trata da probabilidade extrema de morte daquele que se encontre em perigo de vida. (CC art. 7º, I). A segunda hipótese trata dos desaparecidos em campanha de guerra ou feito prisioneiro, caso não seja encontrado até 02 dois anos após o término da guerra (CC art. 7º, II).
Por força do estabelecido no art. 9º, IV, do CC a sentença declaratória de morte presumida deverá ser inscrita em registro público, de forma a dar publicidade ao acontecimento.
Finalmente, o CC no art. 8º trata da hipótese de morte simultânea, conhecida também como comoriência. Cuida-se de uma presunção juris tantum, segundo a qual se determina a morte simultânea daqueles que falecem na mesma ocasião, podendo ser ilidida por prova que estabeleça a precedência da morte de um dos envolvidos.
O interesse no tratamento do tema justifica-se pela implicância de tal fato na ordem de vocação no plano da sucessão, ou seja, na transmissão dos direitos entre os sucessores e sucedidos, enfim, quem tem a posição de herdeiro do outro.
O fim da personalidade jurídica se dá com a morte.
Morte esta que pode ser:
*Morte Civil - perde seus direitos e contração de deveres (condenados a prisão perpétua ou punições religiosas). Obs.: Não admitida em nosso ordenamento jurídico.
*Morte - Parada do sistema cardiorrespiratório, cessão das funções vitais.
*Presumida - Caso em que a impossibilidade de encontrar o cadáver e a extrema certeza da provável morte ja que o sejeito encontrára-se em risco de vida.
-Ausência: quando indivíduo desaparece do seu domicílio sem deixar notícias.
-Justificativa de óbito: quando prova a presença do indivíduo no local do desastre onde possivelmente perdera sua vida.
*Comoriência (simultânea): Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar