Qual a relação entre gliconeogênese e proteólise muscular?

Quando você tem uma dieta pobre em carboidratos/zero, seu corpo tende a procurar novos meios de produção de energia, através principalmente dos triglicerídeos, sendo a molécula de lipídeo indo para o fígado para ser metabolizada enquanto o glicerol vai para o musculo, mas o cérebro na utiliza dessa forma, então é necessário a quebra de aminoácidos para produção de energia através da gliconeogênese, após um período o corpo começa a utilizar principalmente os corpos ctónicos e lipídeos como fonte de energia.

A gliconeogênese é uma via metabólica de produção de glicose a partir de compostos que não são carboidratos, como aminoácidos, lactato e glicerol, e sua principal função é a manutenção da oferta de glicose circulante, mesmo em períodos afastados das refeições. É válido ressaltar que algumas células e tecidos utilizam exclusivamente a glicose como fonte de energia, incluindo o cérebro, as hemácias, os leucócitos e a retina.

Durante o jejum, a degradação do glicogênio hepático torna-se responsável pela manutenção da glicemia. Entretanto, a reserva hepática é insuficiente para perídos de jejum acima de 8 horas, quando se inicia a degradação de proteínas endógenas, principalmente as musculares. Os aminoácidos resultantes da degradação são convertidos à alanina, que é transportada e convertida em glicose no fígado, principal órgão responsável pela gliconeogênese.  

Com exceção da lisina e da leucina, todos os aminoácidos são capazes de originar glicose. Durante períodos muito longos de jejum, os aminoácidos constituintes das proteínas musculares são convertidos em alanina, que é transportada e convertida em glicose no fígado. Dessa forma, a proteólise muscular fornece os substratos necesários para a produção de glicose via gliconeogênese e, consequentemente, para a manutenção da glicemia.