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o que é id, ego e superego?

💡 10 Respostas

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BE STILL

de maneira simplista pra fácil entendiento:

id - desejos primitivos - topa tudo

ego - "intermediador" do id e do superego - equilibro entre o tudo e o nada.

superego - aquele que regula seus desejos - moral. - nao topa nada

de maneira teórica:

id, ego e superego - fazem parte da segunda tópica de freud.

O id constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são, nesta teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio do prazer.

O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. É um regulador, na medida em que altera o princípio do prazer para buscar a satisfação considerando as condições objetivas da realidade. Neste sentido, a busca do prazer pode ser substituída pelo evitamento do desprazer. As funções básicas do ego são: percepção, memória, sentimentos, pensamento.

O superego origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais.

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Beatriz Martins

O id é inconsciente e regido pelo princípio do prazer, está ligado a libido, são os nossos desejos ocultos. O ego é a parte consciente onde se localiza as nossas memórias, sentimentos, pensamentos. O superego é o contrário do id, onde fazemos julgamentos baseados nas heranças culturais, valores morais e regras de conduta, ou seja, é componente moral e social da personalidade.

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Sheila Keidman

Referência: FREUD, S. Edição Standard das Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1969. Vol. XXIII. In Esboço de Psicanálise. (1940 [1938]). p. 89-104.

O texto tem seu início falando brevemente sobre as traduções feitas da teoria psicanalítica e a época que Freud começou a escrever suas obras.

Freud buscou escrever suas obras de modo inteligível, para que qualquer pessoa independente de sua formação possa compreender a psicanálise. Porém, o esboço é para aqueles que já possuem conhecimento da teoria psicanalítica.

O esboço menciona inicialmente que não existe um ponto determinado da localidade do nosso psiquismo. Presume-se que a vida mental consiste na função de um aparelho ao qual atribuímos características em ser amplo constituído por diversas partes.

No desenvolvimento individual do psiquismo humano a área de ação estabelecida mais antiga é denominada “Id” considerada a primeira força. É onde estão nossos instintos e tudo que é herdado. Este id recebe influências do mundo externo.

O escudo protetor deste id que atua como intermediário entre o id e o mundo externo é chamado de “Ego” sendo considerado a segunda força. Este ego comanda os movimentos voluntários tendo a tarefa de autopreservação, assim como filtra as experiências que serão armazenadas na memória, fazendo modificações convenientes no mundo externo, a seu próprio benefício. Também tem a função de controlar as exigências instintuais do id, optando por serem ou não satisfeitas. O ego é guiado pela consideração das tensões produzidas pelos estímulos externos ou internos. Esta elevação das tensões são sentidas como desprazer e o abaixamento como prazer. O ego está sempre em busca do prazer e tenta evitar o desprazer. Este desprazer é enfrentado com a ansiedade, sendo visto como algo perigoso. No estado de sono, o ego deixa sua conexão com o mundo externo passando efetuar alterações de organização, necessitando de uma energia mental específica.

Na infância, a relação que temos com nossos pais/cuidadores possibilitam a formação do que chamamos de superego”, sendo considerado a terceira força. Diferente do ego, o superego também se opõe ao ego.

Uma parte do ego tem que satisfazer simultaneamente as exigências do id, superego e da realidade, tentando conciliar a exigência umas com as outras. Nas palavras de Freud:

O id e o superego possuem algo comum: ambos representam as influências do passado - o id, a influência da hereditariedade; o superego, a influência, essencialmente, do que é retirado de outras pessoas, enquanto o ego é principalmente determinado pela própria experiência do indivíduo, isto é, por eventos acidentais e contemporâneos. Freud (1940 [1938]) p. 93.

 

O id consiste nos instintos e tem a necessidade que estes desejos instintuais sejam satisfeitos, seja para sobreviver seja para desfrutar do gozo. Já o ego, vem para driblar e descobrir a maneira mais favorável para obter a
satisfação, levando em consideração o mundo externo. A função principal do superego é limitar as satisfações.

Também se descobriu que os conteúdos do id podem mudar de objetivo através do “deslocamento”. Já o instinto destrutivo” por ter seu objetivo em tornar algo orgânico a um estado inorgânico, deste modo optou-se por chamar de instinto de morte”.

Os dois instintos básicos libido e o instinto destrutivo operam um contra o outro ou combinam-se mutuamente. Mas as modificações ocorridas nas fusões entre os instintos apresentam os resultados mais tangível.

As principais descobertas da Psicanálise a respeito do desenvolvimento da função sexual são as seguintes:

(a) A vida sexual tem seu início logo após o nascimento.

(b) Há distinção entre os conceitos de “sexual” e “genital”. O sexual advém das excitações, das atividades que proporcionam prazer.

(c) A vida sexual inclui a função de obter prazer das zonas do corpo, sendo colocada subsequentemente a serviço da reprodução. Às vezes estas duas funções podem falhar em coincidir completamente.

Descobriu-se que, na infância, existem sinais de atividade corporal, e que esta se acha ligada a fenômenos psíquicos da vida erótica adulta. Descobriu-se também, que esses fenômenos que surgem na infância fazem parte de um curso ordenado de desenvolvimento, que atravessam um processo regular de aumento, chegando a uma elevação por volta do final do quinto ano de idade, após o qual se segue uma calmaria. Durante esta, o progresso se interrompe e havendo muito retrocesso. Após o fim deste “período de latência”, a vida sexual avança novamente através da puberdade.

O primeiro órgão considerado como sendo uma “zona erógena” faz exigências libidinais para a mente e a boca. Inicialmente a atividade psíquica se concentra em fornecer satisfação às necessidades dessa zona de via oral.

Durante esta “fase oral”, já ocorrem algumas vezes “impulsos sádicos”, em junção do surgimento dos dentes. Sua amplitude é maior ao atingir a segunda fase, que é descrita como “anal-sádica”, por ser a satisfação então procurada na agressão e na função excretória.

A terceira fase é conhecida como fálica, que é uma precursora da forma final assumida pela vida sexual e já se assemelha muito a ela. O órgão genital que desempenha um papel nesta fase é apenas o masculino (o falo).

Com a “fase fálica”, e ao longo dela, a sexualidade da infância atinge seu grau mais alto e aproxima-se da sua dissolução. A partir daí, meninos e meninas começam a colocar sua atividade intelectual em pesquisas sexuais, partindo da premissa da presença universal do pênis. Mas neste período o menino ingressa na “fase edipiana”, e passa a sentir algum desejo pela mãe através de fantasias. Porém, com a ameaça da “castração”, inicia o período de latência. A menina diante disso, passa sentir a inferioridade de seu clitóris pela falta do pênis. Como resultado deste primeiro desapontamento em rivalidade, ela com frequência começa a voltar as costas inteiramente à vida sexual.

Alguns processos se tornam facilmente conscientes outros nem tanto, podendo depois deixar de ser conscientes, e por mais uma vez podem voltar a ser conscientes. O que é consciente é consciente só por um momento. Por outro lado, tudo o que for inconsciente, pode se tornar consciente ou “pré-consciente”. É muito difícil um processo psíquico, que não possa ocasionalmente permanecer pré-consciente. Há outros processos que não têm um acesso tão fácil para se tornarem conscientes, mas têm de ser concluídos, reconhecidos e traduzidos para forma consciente. Para tal conteúdo dá se o nome de inconsciente.

Atribui-se, assim, três qualidades aos processos psíquicos: conscientes, pré-conscientes ou inconscientes. A divisão entre as três classes de material que possui estas qualidades não é absoluta nem permanente. O que é pré-consciente se torna consciente; o que é inconsciente pode, através de alguns esforços, vir a ser consciente. Nas palavras de Freud:

 

Tudo isso é verdadeiro na medida em que o material se acha nele presente em dois registros uma vez na reconstrução consciente que foi fornecida e, além disso, em seu estado inconsciente original. Os nossos esforços continuados geralmente acabam conseguindo tornar consciente esse material inconsciente. Inversamente, o material pré-consciente pode tornar-se temporariamente inacessível e bloqueado por resistências, ou um pensamento pré-consciente pode ser mesmo temporariamente devolvido ao estado inconsciente, como parece ser uma pré-condição no caso dos chistes. Freud (1940 [1938]) p. 102.

 

A função da fala é a de levar o material ao ego numa firme conexão com resíduos mnêmicos de percepções visuais, porém, mais particularmente, auditivas. Desta forma, conteúdos internos como ideias e pensamentos podem tornar-se conscientes.

O interior do ego, que encerra, acima de tudo, os processos de pensamento, possui a qualidade de ser pré-consciente. O estado pré-consciente, caracterizado, por um lado, pelo acesso à consciência e, por outro, pela vinculação com os resíduos da fala, é todavia algo peculiar, cuja natureza não se esgota nessas duas características. Prova disto é o fato de que grandes porções do ego, e particularmente do superego, a que não se pode negar a característica de pré-consciência, permanecem, não obstante, em sua maior parte, inconscientes.

Id e inconsciente acham-se tão intimamente ligados quanto ego e pré-consciente. Originalmente, com efeito, tudo era id; o ego desenvolveu-se a partir dele, através da influência contínua do mundo externo. No decurso desse lento desenvolvimento, alguns dos conteúdos do id foram transformados no estado pré-consciente e assim incorporados ao ego; outros de seus conteúdos permaneceram no id, imutáveis. Durante esse desenvolvimento, entretanto, o ego devolveu ao estado inconsciente algo do material que havia incorporado, abandonou-o, e comportou-se da mesma maneira em relação a algumas novas impressões que poderia ter incorporado, de modo que estas, havendo sido rejeitadas, só podiam deixar um vestígio no id.

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