ENADE)A expressão ¿acesso à Justiça¿ é reconhecidamente de difícil definição, mas serve para determinar duas finalidades básicas do sistema jurídico ¿ o sistema por meio do qual as pessoas podem reivindicar seus direitos e(ou) resolver seus litígios, sob os auspícios do Estado. Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos; segundo, ele deve produzir resultados que sejam individual e socialmente justos. Sem dúvida, uma premissa básica será a de que a justiça social, tal como desejada por nossas sociedades modernas, pressupõe o acesso efetivo. O acesso não é apenas um direito social fundamental, crescentemente reconhecido; ele é também, necessariamente, o ponto central da moderna processualística. CAPPELLETTI, M.; GARTH, B. Acesso à Justiça. Trad. de Ellen Gracie Northfllet. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, 1988, p. 8-13 (adaptado). Considerando o acesso à Justiça como um dos temas relevantes da processualística contemporânea, bem como a repercussão, no ordenamento jurídico brasileiro, do movimento de acesso à Justiça iniciado por Cappelletti e Garth, no sentido de superação dos obstáculos para a efetiva prestação da tutela jurisdicional, conclui-se que
O princípio que emerge do art. 5º, XXXV, da CRFB é o chamado de inafastabilidade da apreciação jurisdicional , por meio do qual a lei não pode afastar, obstar ou dificultar o acesso ao Poder Judiciário, exceto quando assim vem previsto no próprio texto constitucional.
Também pode se relacionar com o acesso à justiça, pois não é possível impedir que as partes acessem o Poder Judiciário, o que não se garante de forma meramente formal, mas substancial, assegurando a existência da Defensoria Pública, assistência judiciária integral, dentre outros, para permitir que, de fato, todos possam acessar a justiça.
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